A EFICÁCIA DO CRANBERRY E SUAS PROPRIEDADES NO TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL

Um estudo de revisão bibliográfica

Autores

  • Jonatas Batista Hamiden FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI
  • Martha Honorato da Silva FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG
  • Allyne Aparecida Dias da Silva Castro FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG
  • Dr. Daniel de Azevedo Teixeira FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG

DOI:

https://doi.org/10.61164/rsv.v3i1.1413

Palavras-chave:

Farmacologia., Candidíase vulvovaginal., Cranberry., Tratamento de cândida.

Resumo

A Candidíase Vulvovaginal é considerada uma infecção fúngicas que vem apresentando alta incidência nos últimos anos e que afeta milhões de mulheres pelo mundo. Por diversos fatores de risco, as condições do indivíduo podem variar, tais como diabetes, gravidez, uso de prótese dentária ou cardíaca, tratamentos prolongados com antibióticos ou corticoides, baixas na imunidade do indivíduo, desnutrição, contato com enfermos, entre outros. A expressão de determinados fatores de virulência, facilitam a penetração nos tecidos e conferem uma maior patogenicidade a estas leveduras, como por exemplo as adesinas, proteases e fosfolipases. Crescendo em biofilme, as células possuem alteração de fenótipo e há uma resistência extraordinária a muitos antifúngicos, dificultando a eliminação do processo infeccioso. A candidíase vulvovaginal é uma infecção da vulva e da vagina, causada pelo fungo comensal que habita na mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio se torna
favorável para o seu desenvolvimento, um dos seus principais sintomas é o surgimento de um corrimento de aspecto espesso, grumoso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local. Por este determinante, alguns estudos mostram a eficácia do Cranberry como auxiliadora no tratamento desta, cujas propriedades medicinais têm despertado interesse no campo multiprofissional.

Biografia do Autor

Jonatas Batista Hamiden, FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI

Graduado em Enfermagem (2016) e especialista em Saúde Mental e Psiquiatria com ênfase em Saúde Pública (2022). Atualmente Enfermeiro Supervisor DRG (Grupo de Diagnósticos Relacionados) na Associação Hospitalar Santa Rosália e Professor Universitário na área Ciências da Saúde na Faculdade AlfaUnipac. Ampla experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde do Adulto em pacientes de unidades assistenciais, críticas e semicríticas, certificado no Sistema Brasileiro de Classificação de Risco - PROTOCOLO DE MANCHESTER, também com experiência em gestão da Rede de Saúde Mental do município de Teófilo Otoni-MG. Formação pedagógica como título em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pelo Instituto de Educação Saber Minas.

Martha Honorato da Silva, FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG

Enfermeira
Especialista em Docência do Ensino Superior,
Urgência e Emergência,
Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva,
Docente e Coordenadora de Enfermagem - Faculdade AlfaUnipac, Teófilo Otoni/MG - Brasil

Allyne Aparecida Dias da Silva Castro, FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG

Enfermeira
Especialista em Formação Pedagógica na Área da Saúde,
Especialista em Acupuntura e Eletroacupuntura,
Especialista em Gestão da Saúde,
Mestra em Tecnologia, Ambiente e Sociedade.
Docente de Enfermagem - Faculdade AlfaUnipac, Teófilo Otoni/MG - Brasil

Dr. Daniel de Azevedo Teixeira, FACULDADE ALFAUNIPAC DE TEÓFILO OTONI -MG

Doutor em Biocombustíveis, Mestre em Imunopatologia.
Farmacêutico e Bioquímico - Faculdade AlfaUnipac, Teófilo Otoni/MG - Brasil

Referências

Kurtzmann CP; Fell JW. The Yeast: a taxonomic study. O Fermento: o estudo das taxonomias. 4ª ed. Amsterdam: Elsevier, 1998. Traduzido por: In: LACAZ, C.S. Candidíases. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1980.

Barbedo LS; Sgarbi DBG. Candidíase. Jornal brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 22-38, 2010.

Álvares CA. et al. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v43n5/a04v43n5.pdf>. Acessado em: 2 de fev. 2019.

Filho GL; Passos MRL; Gouvêa TVD. Candidíase. In: Passos MRL. Doenças sexualmente transmissíveis. 4 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1995.

Ferraza MHSH. et al. Caracterização de leveduras isoladas da vagina e sua associação com candidíase vulvovaginal em duas cidades do sul do Brasil. RBGO, v. 27, n. 2, p. 58-63, 2005.

Brooks GF; Butel JS; Morse, S.A. Jawetz, Melnick & Adelberg Microbiologia Médica. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000.

Farias NMP, Lima EO. Atividade antifúngica de óleos essenciais obtidos de plantas medicinais contra leveduras do gênero Candida: uma alternativa no controle da infecção hospitalar. XVI Prêmio Jovem Cientista. Edição: Saúde da população, Controle da Infecção Hospitalar, 2000. Porto Alegre, Brasil.

França YR, Coutinho ACG, Spexoto, V. O Consumo do Cranberry no Tratamento de Doenças Inflamatórias. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde [en linea] 2014, 18 [Consulta Pública: 11 de abril de 2019] Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26037787007 > ISSN 1415-6938

Teixeira LN, Stringheta PC, De Oliveira FA. Comparação de métodos para quantificação de antocianinas. Revista Ceres [en linea] 2008, 55 (Julho-Agosto): [Consulta Pública: 11 de abril de 2019] Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=305226703009> ISSN 0034-737X

Aguiar MMGB. Desenvolvimento de Novos Comprimidos Bucais de Nistatina para o Tratamento de Candidíase Oral. 2007.146 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.

Valle GC; Rende JC; Okura MH. Estudo da Incidência do Gênero Candida em Hospital Público Universitário. NewsLab., São Paulo, v.17, n.101, p. 202-222, 2010.

Ribeiro EL. Leveduras de Candida isoladas da boca de crianças com Síndrome de Down: aspectos feno-genotípicos, relação intrafamiliar e perfil de imunoglobulinas. 2008. 129 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

Silva HM. Caracterização e identificação de leveduras do gênero Candida em pacientes transplantados de medula óssea [manuscrito] / Hildene Meneses e Silva. – 2011. 53 f. 87: il., figs., tabs.

Khan MSA, et al. Virulencia e Patogenia dos Fungos com Referência em Especial ao Candida albicans. In: Combating Fungal Infections - AHMAD, I., ET AL. Combating Fungal Infection: problems and remedy. Berlin: Springer, 2010. p.21 - 45.

Cardoso BC. Efeito de antifúngicos em suspensões e biofilmes de Candida albicans e Candida dubliniensis. 2004. 75f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia)- Departamento de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, Universidade do Minho, 2004.

Sobel JD, Faro S, Force RW et al. Vulvovaginal candidiasis: Epidemilogic, diagnostic, and therapeutic considerations. Am J Obstet Gynecol, 178:203-211, 1998.

Feuerschuette OHM, Silveira SK, Feuerschuette I, Corrêa T, Grando L, Trepani A. Candidiase vaginal recorrente: manejo clínico. Revisão Sistematizada : BVS. Disponível em <http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n1/a005.pdf> Acesso em 19 abr 2019.

Candido RC, Torqueti Toloi MR, Franceschini SA, Ramos García F, Zaror L. Fosfolipasa, proteinasa y morfotipos de Candida albicans aisladas de vagina y ano. Rev Chil Cienc Méd Biol. 1998;8(1):25-9

Bodet C, Chandad F, Grenier D. Anti-inflammatory activity of a high-molecular-weight cranberry fraction on macrophages stimulated by lipopolysaccharides from periodontopathogens. J Dent Res, 2006; 85(3): 235-239.

Ferri S, Claudio ACS, Sterrtz A, Arisi L, Augsten LV, Cunha SM, Mottin VHM e Sfair LL (2017). Avaliação do consumo de Cranberry frente à prevenção e ao tratamento de infecção do trato urinário (ITU). Natureza online 16 (1): 019-026

Ervin IW; Roni Lev-Dor; Yoel Kashamn; Janina Goldhar; Nathan Sharon; Itzhak Ofek. Inhibiting interspecies coaggregation of plaque bacteria with a Cranberry juice constituent. J Am Dent Assoc, Vol 129, No 12, 1719-1723.

Valentovaã KI. et al. Bioseguridad, estado de antioxidante, y metabolismos en la orina depués del consume de jugo de cranberry secado, en mujeres sanas: una prueba piloto dobreciego placeno controlado. J. Agric. Food. Chem. Colombia, v.55, n.8, p.3217-3224,2009.

EUROMONITOR International. Cranberries: a super fruta do século 21. Aditivos e Ingredientes, Chile, p. 36-38, 2008.

DESSÌ A; ATZEI AF; FANOS VW. Cranberry in children: prevention of recurrent urinary tract infections and review of the literature. Brazilian Journal of Pharmacognosy, Cagliari, v.21, n.5, p.807-813, set./out. 2011.

Downloads

Publicado

2023-08-16

Como Citar

Batista Hamiden, J., Honorato da Silva, M., Aparecida Dias da Silva Castro, A., & de Azevedo Teixeira, D. D. . (2023). A EFICÁCIA DO CRANBERRY E SUAS PROPRIEDADES NO TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: Um estudo de revisão bibliográfica. Revista Saúde Dos Vales, 3(1). https://doi.org/10.61164/rsv.v3i1.1413

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)