Revista Saúde Dos Vales

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM PARA ACADÊMICOS DE MEDICINA

Táya Figueiredo de Oliveira Fiore — 2025-05-30

A Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), exige o conhecimento aprofundado do território e de sua população para planejamento eficaz das ações de saúde. Este relato de experiência tem como objetivo descrever a vivência de estudantes do primeiro período do curso de Medicina da UNIGRANRIO-AFYA na construção de um diagnóstico situacional como ferramenta de aprendizagem na APS, durante a disciplina Integração Ensino, Serviço e Comunidade (IESC I), em parceria com uma equipe de saúde da família de Duque de Caxias (RJ). A metodologia baseou-se no emprego do Planejamento Estratégico Situacional, com análise de dados demográficos e socioeconômicos de 1.233 moradores cadastrados na eUSF do fictício “Bairro das Flores”. Os principais achados foram a predominância do sexo feminino (63,75%) e da raça/cor parda (66,83%), além de significativa incompletude nos dados de escolaridade (46,7%) e ocupação (34%). A vivência revelou barreiras estruturais e culturais no acesso e na coleta de dados, que impactam a efetividade das políticas públicas de saúde. A experiência permitiu aos discentes compreender a complexidade dos determinantes sociais da saúde e sua relação com os desfechos em saúde, além de refletirem criticamente sobre o papel da formação médica diante das vulnerabilidades sociais.

HUMANIZAÇÃO NOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Victoria da Silva Trotta — 2025-05-30

A humanização nos atendimentos de saúde é um elemento fundamental das políticas públicas no Brasil, buscando garantir atendimento digno e eficaz, especialmente nos setores de urgência e emergência. Este estudo analisa o papel dos enfermeiros na promoção da humanização nesse contexto, enfrentando desafios como a alta demanda, a pressão por respostas rápidas e a sobrecarga de trabalho. Através de uma pesquisa bibliográfica, foram identificadas barreiras estruturais e de recursos que dificultam a implementação de práticas humanizadas. As estratégias atuais, como o método do enfermeiro de referência, a classificação de risco e o acolhimento, são avaliadas quanto à sua eficácia na promoção de um atendimento mais empático e respeitoso. A formação contínua dos profissionais de saúde e a reorganização dos processos de trabalho são destacadas como fundamentais para a efetivação da humanização. Conclui-se que, apesar dos obstáculos, a humanização nos serviços de urgência e emergência é possível através de uma abordagem integrada que envolve melhorias estruturais, gestão eficiente e capacitação contínua. Este estudo oferece recomendações práticas para aprimorar a humanização do atendimento, contribuindo para a qualidade do cuidado e o bem-estar tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.

OS IMPACTOS COGNITIVOS SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DEPENDENTES DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

Thiago Rocha Silva — 2025-05-30

Nos dias atuais, é comum se discutir a respeito dos impactos do uso excessivo das tecnologias digitais por crianças e adolescentes, levantando-se certos questionamentos no que tange aos seus benefícios ou, ainda, a respeito dos malefícios para o desenvolvimento cognitivo, afetivo social na visão da psicologia e, mais precisamente, da Terapia Cognitivo-Comportamental. Destarte, considerando esses aspectos, este estudo tem o objetivo de discutir, por meio de Trabalho de Revisão Bibliográfica do Tipo Narrativo, mediante o olhar da psicologia as consequências da exposição indiscriminada às tecnologias digitais por crianças e adolescentes. As hipóteses dão conta de que as exposição continuada às mídias tecnológicas influenciam os aspectos cognitivos e comportamentais de crianças e adolescentes no âmbito familiar e social. Além disso, esse cenário interfere em questões ligadas a afetividade, bem com a relação de crianças e adolescentes com o binômio família e tecnologias digitais. Desse modo, existe a possibilidade de essa prática desenfreada possa interferir nas relações sociais de crianças e adolescentes seja dentro e/ou fora do ambiente virtual. Os resultados demonstram que essa dependência de tecnologias digitais, mais precisamente dos dispositivos midiáticos com telas, pode ter vários impactos cognitivos negativos em crianças e adolescentes. A exposição excessiva a essas tecnologias pode prejudicar a concentração, a memória de trabalho, a capacidade de planejamento e organização, a criatividade, o desenvolvimento da linguagem, a qualidade do sono, o autocontrole, entre outros fatores. Esses impactos podem ter consequências significativas na vida acadêmica, social e pessoal desses jovens, reforçando a importância de uma abordagem equilibrada e consciente em relação ao uso das tecnologias digitais. É fundamental que os pais, responsáveis e educadores orientem e monitorem o uso dessas tecnologias, estabelecendo limites claros de tempo e incentivando a realização de atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo de forma saudável e equilibrada.