SINAIS E SINTOMAS DE ORDEM PSICOLÓGICA ENTRE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DOS TRANSTORNOS COMUNS
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v6i1.2574Palabras clave:
Docentes; Fator de Risco; Depressão; Saúde Mental; Transtorno do Comportamento.Resumen
Introdução: Denomina-se Transtornos Mentais Comuns (TMC’s) um conjunto de sinais não psicóticos, sendo relacionados a quadros subclínicos da ansiedade, estresse e depressão, ainda devido a sua alta prevalência nos Cuidados de Saúde Primários tornaram-se um problema de saúde pública mundial. No ambiente de trabalho as chances de desenvolver depressão são elevadas, devido a situações e adversidades enfrentadas, levando a reduzir a energia mental e física, o que pode levar a insatisfação e sensação negativa em relação a sua função laboral. Os professores do ensino superior são afetados por estes transtornos devido à alta pressão intelectual e sobrecarga do trabalho, ainda associado a carga de trabalho são impostos parâmetros de produtividade intelectual e burocrática, outro fator determinante para isto é a alta competição entre colegas e fragilidade das condições de trabalho. Objetivo: Identificar quais os transtornos mentais comuns entre professores universitários. Métodos: A pesquisa se caracterizou como uma revisão sistemática de literatura, do tipo documental, exploratória, descritiva e retrospectiva, com abordagem qualitativa. Para avaliação dos manuscritos foi utilizada a estratégia PICo associada a pergunta norteadora da pesquisa, e critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Observamos que os transtornos mentais comuns mais evidentes foram a depressão, ansiedade, estresse, transtorno bipolar e Síndrome de Burnout. A relação entre esforço-recompensa, carga e exigência de trabalho aumentada, acumulo de funções, dificuldade no relacionamento interpessoal com os colegas de equipe assumem fatores chave para danos à saúde mental e física, acarretando em sintomas psicossomáticos. O sexo feminino acaba sendo o mais afetado pela jornada dupla de trabalho, o que deve ser avaliado e abordado com cautela. Cerca de 58% dos docentes apresentam adoecimento mental, 79,8% traços depressivos mínimos, 52% médio nível de burnout, 79,8% das professoras apresentaram nível de depressão mínima, e 58,3% apresentando a qualidade do sono ruim por consequência da função laboral exercida. Conclusão: Observamos que houve uma alta prevalência de TMC’s entre professores universitários, entre elas a depressão, ansiedade e Síndrome de Burnout, estas doenças atingem a sua qualidade de vida e do trabalho. Foi constatado maiores índices de TMC’s no sexo feminino. Neste sentido, observamos a importância de medidas preventivas, evitando o desenvolvimento ou agravos a saúde do docente, uma vez que, o professor atua de forma direta no ensino, o que pode levar a má qualidade do mesmo.
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