EMPREGO, RENDA E A (DES) VALORIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA FEMININA
ANÁLISE QUANTITATIVA DA REGIÃO SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v6i1.3724Palavras-chave:
Estados. Sul. Mulheres. Renda. Empregos.Resumo
A partir da década de 1970, houve um aumento da participação das mulheres na economia, intensificando-se em decorrência da expansão industrial e urbana. O aumento da participação foi um marco importante para o crescimento das mulheres nas atividades empregatícias. O objetivo foi analisar o índice de empregabilidade e renda entre homens e mulheres da região Sul do Brasil. Pesquisa básica, de caráter quantitativo, descritivo, exploratório e documental. Com dados primários extraídos do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), tabelas 200, 616, 2033 e 3824, com dados dos Estados que compõem a região Sul do Brasil. A análise dos dados foi realizada com o programa Microsoft Excel®, a significância estatística foi determinada com P = 0,05. Observamos que Santa Catarina (SC) lidera a contratação de mulheres em empregos formais, seguido do Paraná (PR) e Rio Grande do Sul (RS). Em relação à média mensal total entre os Estados, o PR em 2010 (p = 0,04) e o RS em 2000 (p = 0,04) e 2010 (p = 0,01) apresentaram maiores médias salariais que SC. Na média da semana de referência, entre PR e SC (p = 0,00), PR e RS (p = 0,00) houve diferença salarial e igualdade na média semanal. Em relação aos anos, no ano de 1991 (p = 0,03), 2000 (p = 0,03) e 2010 (p = 0,02), houve diferença entre os salários de homens e mulheres. No ano de 2010, os homens no PR ganharam 21,3%, em SC 18,9% e RS 17,4% a mais que as mulheres. Entre os Estados da região Sul, há uma discrepância entre os salários das mulheres e homens; ainda observamos o mesmo efeito na média do salário em conjunto. Compreendemos que as desigualdades de gênero ainda se tornam presentes na renda das mulheres, gerando extensas fraturas no que tange à sociedade.
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