A SÍFILIS NA GESTAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA MORBIMORTALIDADE MATERNO-INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.61164/rsv.v5i1.2435Palavras-chave:
Sífilis. Sífilis na Gestação. Assistência em enfermagem. Infecções Sexualmente Transmissíveis.Resumo
A bactéria Treponema pallidum é responsável por causar a Sífilis, podendo sua transmissão ocorrer por meio da via sexual, transplacentária ou transfusão sanguínea, acometendo todo população de modo geral, e desta maneira, as gestantes. Durante o período gestacional essa doença consiste em um grave problema de saúde, sendo responsável por altos índices morbimortalidade intrauterina, além disso, pode produzir inúmeras modificações fisiológicas ao feto. Para se prevenir a sífilis gestacional é necessário que sejam tomadas certas ações profiláticas, como realização do pré-natal para se realizar tanto o diagnóstico quanto tratamento da doença, além disso, é essencial que tanto a gestante quanto seu parceiro quando diagnosticada a doença concordem com o tratamento e sejam acompanhados por uma equipe multiprofissional em saúde. Neste sentido a importância deste estudo se dá pela real necessidade de que sejam desenvolvidas ações de promoção acerca do conhecimento sobre sífilis gestacional bem como de suas complicações tanto para gestantes, seus parceiros, e para os profissionais de saúde, na busca de se prevenir e buscar uma diminuição dos agravos provenientes desta doença. Segundo orientações fornecidas pelo Ministério da Saúde, o diagnóstico e tratamento devem ser ofertados as gestantes sem custos durante o pré-natal, contudo, o que se tem percebido é um crescente aumento de casos, mesmo essa doença possuindo baixo custo de tratamento. Assim, este estudo busca compreender as características da sífilis, no sentido de alertar mulheres e seus parceiros, buscando reduzir os casos e as consequências provocadas pela sífilis para gestantes e feto. Busca-se assim, realizar uma revisão bibliográfica sobre os aspectos clínicos, diagnóstico, tratamento e repercussões da sífilis materna, bem como analisar as políticas públicas dentro deste cenário.
Referências
AVELLEIRA, J. C. R. et. al. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle Syphilis: diagnosis, treatment and control. An Bras Dermatol, v. 81, n. 2, p. 111-26, 2006.
BORBA, B.A.M. et al. As consequências do manejo inadequado da sífilis gestacional: uma revisão de literatura. Revista de Patologia do Tocantins. V.7, n.2, p.31-33, 2020.
BEKSINSKA, M E; MULLICK, S; KUNENE, B; REES, H; DEPERTHES, B A. Case study of antenatal syphilis screening in South Africa: successes and challenges. Sexually Transmitted Diseases. 2002; 29:32-7.
BERMAN, S M. Maternal Syphilis: pathophysiology and treatment. Bull World Health Organ. 2004;82(6):433-8.
BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: políticas e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 82p. 2004.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 52 p. (Série Manuais nº 62).
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis – manual de bolso. Brasília, 2007. 190 p.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. 448 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde)
_________. (2012). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, n. 32.
_________. (2015). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-pa ra-atencao-integral-pessoas-com-infeccoes
>. Acessado em 10 maio de 2022.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília, 2015.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais. Brasília, 2015.
_________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília, 2020.
CAMPOS, J E B. Significado clínico dos baixos títulos de VDRL (Veneral Disease Research Laboratories) para a sífilis em gestantes, à luz das provas Treponêmicas. [Tese]. Instituto Fernandes Figueira/Fio Cruz. Rio de Janeiro, 2006.
COSTA, M.C. et al. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de particularidades. An Bras Dermatol. V.85, n.6, p.767-785, 2010.
COUTO, JCF; ANDRADE, GMQ; TONELLI, E. Infecções Perinatais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
DAMASCENO, A. B., MONTEIRO, D. L., RODRIGUES, L. B., BARMPAS, D. B. S., CERQUEIRA, L. R., & TRAJANO, A. J. (2014). Sífilis na gravidez. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 13(3).
DOMINGUES, R. M. S. M., SARACEN, V., HARTZ, Z. M. D. A., & LEAL, M. D. C. (2013). Sífilis congénita: evento centinela de la calidad de la asistencia prenatal. Revista de Saúde pública, 47(1), 147-157.
DEPERTHES B. D, et. al. Maternal and congenital syphilis programmes: case studies in Bolivia, Kenya and South Africa. Bull World Health Organ 2004; 82(6): 410 6.
FEITOSA, J. A. S.; ROCHA, C. H. R.; COSTA, F. S. Artigo de Revisão: Sífilis congênita. Rev Med Saúde. Brasília, v.5, n.2, p.286-297, 2016.
LEVETT, P.N. et. al. Canadian Public Health Laboratory Network laboratory guidelines for the use of serological tests (excluding point-of-care tests) for the diagnosis of syphilis in Canada. Can J Infect Dis Med Microbiol. V. 26, p. 6-12, 2015.
MAGALHÃES, D. et. al. A sífilis na gestação e sua influência na morbimortalidade materno-infantil. Comun. Ciênc. Saúde. V. 22, n. 1, p. 43-54, 2011.
MASCARENHAS, L. E. F. et. al. Desafios no tratamento da sífilis gestacional. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 2016.
NONATO, S. M., MELO, A. P. S., & GUIMARÃES, M. D. C (2015). Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010- 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24., 681-694.
PETERS, V; LIU, K.L; DOMINGUEZ, K; FREDERICK, T; MELVILLE, S; HSU, H W et. al. Missed opportunities for perinatal HIV prevention among HIV exposed infants born 1996-2000, pediatric spectrum of HIV disease cohort. Pediatrics. 2003;111(5 part 2):1186-91.
REVOLLO, R M C et al. Sífilis materna y congénita em cuatro provicias de Bolivia. Revista Salud Pública de México. 2007; 49(6), nov/dez.
SARACENI, V A. Sífilis na gravidez e a sífilis congênita. Texto extraído da Tese de doutorado intitulada Avaliação da efetividade das campanhas para eliminação da sífilis congênita, Município do Rio de Janeiro, 1999 e 2000 apresentada ao programa de pós-graduação da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, 2005. Modificado pela autora.
SILVA, J. G., GOMES, G. C., RIBEIRO, J. P., DE JUNG, B. C., DE OLIVEIRA NORBERG, P. K., & MOTA, M. S. (2019). Sífilis gestacional: repercussões para a puérpera. Cogitare Enfermagem, 24.
SOUZA, B. C.; SANTANA, L. S. As Consequências Da Sífilis Congênita No Binômio Materno-Fetal: Um Estudo De Revisão. Interfaces Científicas - Saúde e Ambiente. V.1, n.3, p. 59-67, 2013.
TERRIS-PRESTHOLT, F; WATSON-JONES, D; MUGEYE, K; KUMARANAYAKE, L et al. Is antenatal syphilis screening still cost effective in sub-Saharan Africa. Sex Transm Infect. 2003; 79:375-381.
TRIDAPALLI E, CAPRETTI M.G, REGGIANI M.L, STRONATI M, FALDELLA G. Italian Neonatal Task Force of Congenital Syphilis for The Italian Society of Neonatology Collaborative Group. Congenital syphilis in Italy: a multicentre study. Arch Dis Child Fetal Neonatal. Ed 2012; 97(3): 211 3.
VALDEMARRA J, ZACARÍAS F, MAZIN R. Maternal syphilis and congenital syphilis in Latin America: big problem, simple solution. Rev Panam Salud Publica 2004; 16(3): 211 7.
VICENTE, J.B. Sífilis congênita: experiências de mães de crianças no cuidado em saúde. 2019. 137. Dissertação (Doutorado em enfermagem) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2019.
VÍCTOR, J. F. et al. Sífilis congênita: conhecimento de puérperas e sentimentos em relação ao tratamento dos seus filhos. Rev. Eletr. Enf. V.12, n.1, p. 113-119, 2010.
WICHER, V; WICHER, K. Pathogenesis of maternalfetal syphilis revisited. Clinical Infectious Diseases. 2001; 33: 354-63.