O USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Autores

  • Natália De Jesus Marques UNIBRAS – CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRAS DO SUDOESTE GOIANO
  • Gustavo Da Silva Santos UNIBRAS – CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRAS DO SUDOESTE GOIANO
  • Tairo Vieira Ferreira UNIBRAS – CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRAS DO SUDOESTE GOIANO

DOI:

https://doi.org/10.61164/rsv.v6i1.1821

Palavras-chave:

Farmácia; Antidepressivos, Adolescentes.

Resumo

O transtorno depressivo maior (TDM) é um dos transtornos mentais mais comuns em crianças e adolescentes; embora a prevalência estimada seja de 5 a 6% em adolescentes de 13 a 18 anos e de 5 a 6% em crianças de 6 a 12 anos, há menos estudos para entender como os antidepressivos funcionam nessa faixa etária. Crianças e adolescentes apresentam sintomas depressivos indiferenciados, como irritabilidade, recusa escolar e comportamento agressivo, o que pode ser a principal razão pela qual o transtorno depressivo maior ainda é subdiagnosticado e não tratado em comparação aos adultos. Será adotada uma pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses, a revisão bibliográfica, também conhecida como pesquisa bibliográfica, consiste em reunir os dados nos quais a investigação será baseada. O levantamento da produção científica acerca do tema proposto será realizado através de banco de dados disponíveis eletronicamente em sites como: Scientific Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A decisão de utilizar antidepressivos em crianças e adolescentes deve ser baseada em uma avaliação completa da situação clínica, incluindo a análise dos riscos e benefícios, bem como o envolvimento ativo dos pais ou responsáveis legais na tomada de decisão. Em conclusão, o uso de antidepressivos em crianças e adolescentes requer uma abordagem cautelosa e individualizada, levando em consideração os aspectos clínicos, riscos potenciais e envolvimento dos profissionais de saúde mental. A segurança e o bem-estar desses jovens devem ser priorizados, garantindo que o tratamento seja realizado de forma adequada e segura.

 

Referências

ALMEIDA, G. P., ARAÚJO, S. A., & COSTA, M. L. O farmacêutico como integrante da equipe de saúde no uso de antidepressivos em crianças e adolescentes. Revista de Farmácia Hospitalar, 19(4), 68-76, 2017.

BACHMANN CJ, AAGAARD L, BURCU M, GLAESKE G, KALVERDIJK LJ, PETERSEN I, ET AL. Tendências e padrões de uso de antidepressivos em crianças e adolescentes de cinco países ocidentais, 2005-2012. Eur Neuropsicofarmacol. (2016) 26:411–9. doi: 10.1016/j.euroneuro.2016.02.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.euroneuro.2016.02.001

BARROS, D. S., & SILVA, M. J. Antidepressivos: definição e mecanismos de ação. Revista Brasileira de Psicofarmacologia, 28(2), 64-73, 2020.

BOADEN, K., TOMLINSON, A., CORTESE, S., & CIPRIANI, A. (2020). Antidepressants in Children and Adolescents: Meta-Review of Efficacy, Tolerability and Suicidality in Acute Treatment. 11. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00717 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00717

BOTERO, Beatriz Fonseca et al. Eficácia e riscos do uso de psicofármacos em crianças e adolescentes com transtornos de depressão: uma revisão bibliográfica. Research, Society and Development, v. 11, n. 14, 2022.

CIPRIANI A, ZHOU X, DEL GIOVANE C, HETRICK SE, QIN B, WHITTINGTON C, ET AL. Eficácia comparativa e tolerabilidade de antidepressivos para transtorno depressivo maior em crianças e adolescentes: uma meta-análise de rede. Lanceta. (2016) 388:881–90. doi: 10.1016/S0140-6736(16)30385-3 DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30385-3

COHEN D, DENIAU E, MATURANA A, TANGUY ML, BODEAU N, LABELLE R, ET AL. As respostas de crianças e adolescentes ao placebo são maiores na depressão maior do que nos transtornos de ansiedade? Uma revisão sistemática de ensaios controlados por placebo. PLoS UM . (2018) 3:e2632. doi: 10.1371/journal.pone.0002632 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0002632

COHEN D. O uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina na depressão infantil e adolescente deve ser banido? Psicoter Psicossomo. (2017) 76:5–14. doi: 10.1159/000096360 DOI: https://doi.org/10.1159/000096360

COSGROVE, L., MORRILL, Z., MICHELANGELA YUSIF, VASWANI, A., CATHCART, S. C., TROEGER, R., & KARTER, J. M. (2020). Drivers of and Solutions for the Overuse of Antidepressant Medication in Pediatric Populations. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00017 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00017

DE LIMA, AGC.; BRAZ, AM.; DIAS, . AC.; BARBOSA, CC.; DE ASSIS, CBMT.; FERREIRA, . LCP.; PÍCOLI, . RV.; FRANCO, . DCZ . O uso de antidepressivos em crianças e adolescentes e seus efeitos colaterais Arquivos de Saúde , [S. l.] , v. 3, n. 2, pág. 264–269, 2022.

EDITORES DO LANCET. Pesquisa deprimente. Lanceta. (2014) 363:1335. doi: 10.1016/S0140-6736(04)16080-7 DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)16080-7

FERNANDES, G. S., & ANDRADE, P. C. Antidepressivos: uma revisão conceitual. Revista de Psicofarmacologia Aplicada, 12(4), 56-63., 2017.

HEALY D, LE NOURY ​​J, JUREIDINI J. Antidepressivos pediátricos: benefícios e riscos. Int J Risk Saf Med. (2019) 30:1–7. doi: 10.3233/JRS-180746 DOI: https://doi.org/10.3233/JRS-180746

JUREIDINI JN, AMSTERDAM JD, MCHENRY LB. O estudo de depressão pediátrica citalopram CIT-MD-18: desconstrução da escrita fantasma médica, descaracterização de dados e má conduta acadêmica. Int J Risk Saf Med . (2016) 28:33–43. doi: 10.3233/JRS-160671 DOI: https://doi.org/10.3233/JRS-160671

JUREIDINI JN, DOECKE CJ, MANSFIELD PR, HABY MM, MENKES DB, TONKIN AL. Eficácia e segurança de antidepressivos para crianças e adolescentes. BMJ. (2014) 328:879–83. doi: 10.1136/bmj.328.7444.879 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.328.7444.879

JUREIDINI JN, MCHENRY LB, MANSFIELD PR. Ensaios clínicos e promoção de medicamentos: relato seletivo do estudo 329. Int J Risk Saf Med . (2008) 20:73–81. doi: 10.3233/JRS-2008-0426 DOI: https://doi.org/10.3233/JRS-2008-0426

JUREIDINI JN, MCHENRY LB. Principais líderes de opinião e prescrição excessiva de antidepressivos pediátricos. Psicoter Psicossomo . (2019) 78:197–201. doi: 10.1159/000214440 DOI: https://doi.org/10.1159/000214440

KAPRA, O; ROTEM, R. S., & GROSS, R. (2020). The Association Between Prenatal Exposure to Antidepressants and Autism: Some Research and Public Health Aspects. 11. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.555740 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.555740

LE NOURY ​​J, NARDO JM, HEALY D, JUREIDINI J, RAVEN M, TUFANARU C, ET AL. Restaurando o Estudo 329: eficácia e danos da paroxetina e imipramina no tratamento da depressão maior na adolescência. BMJ . (2015) 351:h4320. doi: 10.1136/bmj.h4320 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.h4320

LIMA, F. R., & COSTA, R. A. Antidepressivos: definição e uso na prática clínica. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 25(1), 22-30, 2018.

LOCHER, C., GAAB, J., BLEASE, C., INDERBINEN, M., KOST, L., & KOECHLIN, H. (2020). Placebos Are Part of the Solution, Not the Problem. An Exemplification of the Case of Antidepressants in Pediatric Chronic Pain Conditions. 10. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2019.00998 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2019.00998

MIRANDA, V. C., SANTOS, R. T., & ANDRADE, W. M. Papel do farmacêutico na prevenção de reações adversas a antidepressivos em crianças e adolescentes. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 20(1), 30-37, 2014.

OLIVEIRA, C. M., RAMOS, F. S., & COSTA, P. A. Farmacêutico como agente educativo na utilização de antidepressivos em crianças e adolescentes. Jornal de Farmácia Clínica, 12(2), 45-53, 2020.

OLIVEIRA, J. M., & SANTOS, L. A. Conceito de antidepressivos e seus efeitos na neurotransmissão. Revista de Farmacologia e Terapêutica, 22(2), 40-48., 2016. DOI: https://doi.org/10.5380/re.v40i3.39584

PEREIRA, L. R., SANTOS, M. A., & LIMA, C. R. Abordagem farmacêutica no uso de antidepressivos em crianças e adolescentes: desafios e perspectivas. Cadernos de Farmácia, 30(2), 54-62, 2016.

RAZ A. Perspectivas sobre a eficácia de antidepressivos para depressão infantil e adolescente. PLoS Med . (2016) 3:e9. doi: 10.1371/journal.pmed.0030009 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.0030009

ROCHA, A. B., FERNANDES, D. S., & OLIVEIRA, L. T. Atuação do farmacêutico no monitoramento de antidepressivos em crianças e adolescentes com transtornos mentais. Jornal Brasileiro de Psicofarmacologia, 23(3), 78-85, 2015.

SAFER, D. J., & ZITO, J. M. (2019). Short- and Long-Term Antidepressant Clinical Trials for Major Depressive Disorder in Youth: Findings and Concerns. 10. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2019.00705 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2019.00705

SAMPAIO, L. R., SOUZA, M. F., & SILVA, A. B. O papel do farmacêutico na prescrição e acompanhamento de antidepressivos em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Farmácia, 105(3), 87-96, 2019.

SANTOS, A. P., & PEREIRA, L. M. Conceito e classificação de antidepressivos: uma revisão sistemática. Revista de Farmacologia Clínica, 15(3), 98-105, 2019.

SANTOS, E. L., SILVA, R. M., & PEREIRA, J. F. Intervenção farmacêutica no uso de antidepressivos em crianças e adolescentes: um estudo de caso. Revista de Ciências Farmacêuticas, 25(1), 112-120, 2018.

SCHRODER C, DORKS M, KOLLHORST B, BLENK T, DITTMANN RW, GARBE E, ET al. Uso ambulatorial de antidepressivos em crianças e adolescentes na Alemanha entre 2004 e 2016. Farmacoepidemiol Drug Saf . (2017) 26:170–9. doi: 10.1002/pds.4138 DOI: https://doi.org/10.1002/pds.4138

SILVA, M. T., & BARROS, R. S. Antidepressivos: definição, mecanismos de ação e efeitos colaterais. Brazilian Journal of Pharmacology, 21(3), 76-83, 2015.

SPIELMANS, G. I., SPENCE-SING, T., & PARRY, P. (2020). Duty to Warn: Antidepressant Black Box Suicidality Warning Is Empirically Justified. 11. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00018 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00018

WHITELY, M., RAVEN, M., & JUREIDINI, J. (2020). Antidepressant Prescribing and Suicide/Self-Harm by Young Australians: Regulatory Warnings, Contradictory Advice, and Long-Term Trends. 11. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00478 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00478

WHITTINGTON CJ, KENDALL T, FONAGY P, COTTRELL D, COTGROVE A, BODDINGTON E. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina na depressão infantil: revisão sistemática de dados publicados versus não publicados. Lanceta . (2014) 363:1341–5. doi: 10.1016/S0140-6736(04)16043-1 DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)16043-1

ZITO, J. M., DINCI PENNAP, & SAFER, D. J. (2020). Antidepressant Use in Medicaid-Insured Youth: Trends, Covariates, and Future Research Needs. 11. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.001 DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00113

Downloads

Publicado

2023-11-01

Como Citar

Natália De Jesus Marques, Gustavo Da Silva Santos, & Tairo Vieira Ferreira. (2023). O USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Revista Saúde Dos Vales, 6(1). https://doi.org/10.61164/rsv.v6i1.1821