CARAMBOLEIRA:
Caracterização do potencial tóxico e terapêutico
Palavras-chave:
Caramboleira, Toxicidade, Potencial Terapêutico, Estudos, Princípios AtivosResumo
Nos últimos anos, a caramboleira, utilizada, no passado, apenas como planta de arborização e ornamental, tem ganhado muita visibilidade. Essa árvore frutífera de pequeno porte vem sendo empregada no tratamento de algumas patologias, na fabricação de fitoterápicos e os seus princípios ativos têm sido alvos de diversos estudos. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica integrativa dos diversos efeitos tóxicos e terapêuticos da Averrhoa carambola utilizando como fonte artigos publicados entre os anos 2000 a 2019. Entre as propriedades da caramboleira que vêm sendo exploradas destacam-se a diurética, a anti-hipertensiva, a antidiabética, e a estimuladora do apetite. Vários são os princípios ativos descritos, tóxicos ou não, que podem ser utilizados para os mais diversos fins, como também a quantidade da fruta considerada segura para o consumo. O fruto da caramboleira possui uma neurotoxina conhecida por caramboxina, capaz de provocar alterações nas funções renais de pacientes com histórico de doença renal crônica. Até mesmo em pacientes considerados saudáveis, a caramboxina pode sobrecarregar a função renal. Além disso, essa toxina aparenta inibir o sistema GABAérgico. Os sintomas após a ingestão do fruto podem iniciar com soluço, mal-estar, náuseas, vômito, até mesmo o óbito.