ACOMODAÇÃO SENSORIAL COMO RECURSO NO SUPORTE NO PÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO NA PRIMEIRA INFÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v12i5.3387Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Tecnologia Assistiva; Transplante Hepático; Propriocepção; Hospitalização.Resumo
risco de perda de fluídos e sangue, uma vez que o fígado está relacionado ao mecanismo da coagulação sanguínea. Objetivo: mapear estratégias de cuidado da terapeuta ocupacional acerca do atendimento ao paciente pediátrico, que apresentava disfunção sensorial em decorrência do transplante hepático corrido em outubro de 2023. Método: trata-se de estudo de caso realizado com uma criança pós-hepático, que apresentava agitação psicomotora e rejeição ao contato social, anseio contínuo pelo toque físico do pai, prejudicando a segurança hospitalar. Foi enviado para os pais e para a instituição a solicitação de liberação da pesquisa. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 6609833. Resultado: a terapeuta ocupacional, com a utilização da abordagem de Integração Sensorial, visou prevenir estes comportamentos por meio da promoção de regulação emocional e adaptação ao ambiente hospitalar. Os recursos sensoriais utilizados foram individualizados e acompanhados da oferta de orientações diárias ao cuidador, a qual obteve melhora na interação social, bem como no controle da agitação psicomotora e na segurança hospitalar, enfatizando a importância da atuação deste profissional em contextos complexos de reabilitação pediátrica pós-transplante. Conclusão: esta intervenção demonstrou ser eficaz na promoção da regulação emocional, na adaptação ao ambiente hospitalar e na melhoria da interação social da criança em contextos complexos, pois a individualização dos recursos sensoriais, aliada ao suporte diário aos cuidadores, contribuiu para o controle da agitação psicomotora e para a segurança hospitalar, destacando a relevância do terapeuta ocupacional na elaboração e implementação de estratégias que atendam às necessidades específicas de cada criança, promovendo seu bem-estar e facilitando o processo de reabilitação. Recomenda-se a continuidade de pesquisas para aprofundar o entendimento sobre as contribuições da Integração Sensorial em cenários pediátricos de alta complexidade.
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