FORTALECIMENTO MUSCULAR ASSOCIADO A OCLUSÃO VASCULAR PARCIAL E SUA APLICABILIDADE NA REABILITAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA – UMA REVISÃO
Palavras-chave:
Oclusão vascular, Treinamento resistido, Kaatsu, ForçaResumo
O fortalecimento muscular é amplamente recomendado para a melhoria das debilidades físicas. É descrito pela literatura a utilização de uma carga mínima de 60% de 1-RM para obtenção força e 70% a 85% de 1-RM para obtenção de hipertrofia, entretanto no cenário clínico, o treinamento resistido de alta intensidade é desafiador ou até contraindicado. Neste sentido o fortalecimento muscular associado a oclusão vascular parcial, se apresenta como uma estratégia bastante interessante, capaz de promover alterações de força, utilizando cargas menores (30%1-RM). Objetivo: Averiguar os efeitos do fortalecimento muscular associado à oclusão vascular no ganho força e hipertrofia muscular. Método: Trata-se de uma revisão literária nas bases de dados eletrônicos: PEDro, Pubmed e Cochrane Library. A estratégia de busca envolveu artigos em língua portuguesa e inglesa. Utilizamos como critério de inclusão, estudos publicados entre 2009 à 2019 que relatassem o fortalecimento muscular associado à oclusão vascular parcial, utilizando cargas menores (30%1-RM), em comparação ao fortalecimento resistido tradicional, cargas de 70%1-RM. A escala de qualidade metodológica PEDro foi utilizada como critério de exclusão, ensaios clínicos com pontuação PEDro < que 6, foram excluídos. Resultados: Foi obtido um total de 181 artigos. No entanto, apenas 21 estudos clínicos atenderam os requisitos. Além dos ensaios clínicos, 12 revisões sistemáticas que analisaram o efeito, aplicação e mecanismos propostos para explicar as adaptações provenientes do TROVP foram incluídas nesta revisão. Conclusão: O treinamento muscular de baixa intensidade associado a oclusão vascular parcial é uma estratégia eficaz para proporcionar aumentos de força e hipertrofia muscular similares ao treinamento resistido tradicional. Além disso, é uma estratégia viável para a reabilitação musculoesquelética, visto que ele pode ser aplicado em vários cenários clínicos, onde o treinamento resistido tradicional é uma limitação.
