O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO A PACIENTES COM DISTÚRBIOS MENTAIS
DOI:
https://doi.org/10.61164/rsv.v4i1.2334Palavras-chave:
Atenção; Distúrbios mentais; Enfermagem; Assistência; Saúde.Resumo
O ensino superior em saúde mental está em constante aprimoramento, reconhecendo a crescente importância desse campo. Isso demanda enfrentar desafios e desenvolver habilidades para capacitar profissionais a lidar com as necessidades psicossociais dos pacientes. Especialmente os profissionais de enfermagem devem adquirir competências específicas para proporcionar cuidados abrangentes, indo além da prevenção para garantir o bem-estar físico, mental e social dos pacientes. A capacitação é crucial para lidar com emergências psiquiátricas e promover intervenções eficazes, baseadas em uma compreensão profunda da saúde mental e na habilidade de elaborar planos de cuidados individualizados, visando à assistência humanizada, redução do sofrimento psíquico e otimização do tratamento dos transtornos mentais. O histórico da saúde mental no Brasil revela uma evolução significativa, desde os primeiros registros de transtornos mentais até a implementação de políticas de reforma psiquiátrica. Inicialmente, indivíduos com distúrbios mentais eram marginalizados e mantidos em condições desumanas. A inauguração do primeiro hospital psiquiátrico, em 1852, marcou o início da institucionalização desses pacientes. A reforma psiquiátrica teve início em 1978, com a greve dos profissionais de saúde mental, e foi impulsionada pela criação de leis e programas de assistência comunitária. A Lei Federal nº 10.2016/2001 representou um marco ao direcionar a assistência em saúde mental para serviços comunitários. Programas como o De Volta Para Casa visam desinstitucionalizar pacientes e promover uma abordagem mais humanizada e abrangente. A realização do I Congresso Brasileiro de Centros de Atenção Psicossocial, em 2004, oficializou a reforma psiquiátrica como política federal, consolidando o movimento em direção à assistência comunitária.
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