COMUNIDADE PARAÍSO DO MANSO:
CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS E OS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DA APM MANSO
Palabras clave:
comunidade, desafios, usina hidrelétricaResumen
A Usina Hidrelétrica APM Manso (Aproveitamento Múltiplo Manso) surgiu a partir de uma necessidade de provisão energética, juntamente ao potencial econômico que provinha da criação de Usinas Hidrelétricas (UHEs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), unidas a uma demanda crescente decorrente de apagões ocorridos em anos anteriores. Por conta deste fato foram feitos diversos estudos de potencial energético nas principais bacias brasileiras. Em contrapartida, as comunidades que viviam nos arredores e nas regiões de grande potencial não foram beneficiadas com as benfeitorias alcançadas nestas regiões. Este estudo foi idealizado para buscar compreender de que forma estas comunidades, em específico a Paraíso do Manso, se desenvolvem, quais são as principais mudanças ocorridas no processo e de que maneira foram sentidas, e trazer para discussão no âmbito acadêmico e social. Na elaboração deste trabalho foi realizada uma abordagem qualitativa, em que foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais em livros, revistas e internet, além de trabalho de campo, onde foi realizada entrevista semiestruturada com os moradores e representantes da comunidade de Paraíso do Manso e também registro fotográfico. Os dados coletados são discutidos e analisados nos resultados. Assim, observa-se que as mudanças ocorridas no decorrer dos anos são um misto de desafios e melhorias para a região. Além da mudança da dinâmica econômica e social, em que os moradores, antes produtores e agora prestadores de serviços, se veem em busca de qualificar sua mão de obra para atendimento de uma nova demanda, que foi gerada com a mudança da paisagem. Portanto, são compreensíveis as demandas levantadas pelas comunidades que vez ou outra aparecem na mídia local, como falta de água de qualidade - houve a instalação de poços -, como a falta de peixes e de sua qualidade para consumo, ou como a proibição de sua comercialização. E, como observado nas entrevistas, a forma que os moradores comemoram o asfaltamento da região, que facilita a chegada de visitantes para turismo e consequentemente aumento da renda, que assim poderão ter maior poder de compra, mesmo para os itens básicos de alimentação.
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