ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ENXAQUECA E ANSIEDADE EM SERVIÇO DE ATENDIMENTO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61164/rmnm.v5i1.2390

Palabras clave:

Enxaqueca; Cefaleia; Ansiedade; Fisiopatologia

Resumen

Objetivo: A enxaqueca é um distúrbio que acomete grande parte da população e é uma das principais queixas na atenção primária de saúde (APS) juntamente com a ansiedade. Entendendo a fisiopatologia da dor da cefaleia e os neurotransmissores envolvidos no transtorno de ansiedade generalizada (TAG) podemos observar uma relação entre ambas as patologias. Sendo assim, objetivamos identificar os casos de enxaqueca na atenção especializada e seu manejo, assim como o tratamento previamente proposto na atenção primária de saúde. Metodologia: foi realizado um estudo transversal, retrospectivo a partir da análise de dados em prontuários do ambulatório de neurologia do Consórcio Intermunicipal de saúde do Oeste do Paraná (CISOP). Resultados: Com análise de 300 prontuários, 54 apresentavam queixas de algum tipo de cefaleia. Observa-se que o grupo amostral era composto majoritariamente por mulheres (n= 46; 85,1%), cerca de 46 (85,1%) pacientes não apresentavam queixas de ansiedade no momento da consulta e apenas 18 (33,3%) faziam uso de algum ansiolítico e/ou antidepressivo. Conclusão: a partir da revisão bibliográfica, pode-se identificar que existe uma relação fisiopatológica entre os casos de enxaqueca e ansiedade, porém, através do presente estudo não identificamos queixas de ansiedade ou tratamento prévios a consulta com neurologista. Consideramos que são necessários novos estudos com uma amostra maior e análise estatística para determinação de nexo causal da temática.

Citas

American Psychiatrist Association - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BOFF, T.C, et al. A função do glutamato nos transtornos de ansiedade e no transtorno obsessivo-compulsivo. Anais do II simpósio de neurociência clínica e experimental: doenças neurodegerativas [Trabalhos apresentados]. Chapecó-SC. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). 2021

CASUCCI G.; VILLANI V.; FINOCCHI C. Therapeutic strategies in migraine patients with mood and anxiety disorders: physiopathological basis. 2010 Disponível em: DOI 10.1007/s10072-010-0296-3. Acesso em setembro 2022.

CHARLES, A. The pathophysiology of migraine: implications for clinical management. The Lancet. Londres. v. 17, n. 2, p.174-182, fev. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S1474-4422(17)30435-0. Acesso em: agosto 2023.

EIGENBRODT, A.K. et al. Diagnosis and management of migraine in ten steps. Nature reviews - Neurology. v. 17, n. 8, p. 501-514. 2021. Disponível em: doi:10.1038/s41582-021-00509-5. Acesso em: jun 2023.

FORLENZA, O. V. et al. Clínica psiquiátrica de bolso. 1. ed. São Paulo, 2014.

JESUS, C.A.S.; PERES, M.F.P. Revisão dos principais fatores de risco para cronificação da enxaqueca. Headache Medicine. São Paulo, v. 3, n. 4, p. 181-187, Out/Nov/Dez. 2012. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/342/722. Acesso em: Nov 2023.

KARAKURUM B., et al. Personality, depression, and anxiety as risk factors for chronic migraine. The International Jounal of Neuroscience, Estados Unidos. v. 114, n. 11, p. 1391-139. 2004. Disponível em: doi 10.1080/00207450490476002. Acesso em: novembro 2023.

KHAN, J. et al, Genetics, pathophysiology, diagnosis, treatment, management, and prevention of migraine. Biomedicine & Pharmacotherapy. v. 139. jul. 2021, Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.biopha.2021.111557. Acesso em: agosto 2023

KRYMCHANTOWSKI, A.V.; KRYMCHANTOWSKI, A.G.F.; JEVOUX, C.C. Migraine treatment: the doors for the future are open, but with caution and prudence. Arq. Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 77. n. 2,p. 115-121, fev. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0004-282X20190004. Acesso em: maio 2023.

LATYSHEVA, N. et al. Cognitive impairment in chronic migraine: a cross-sectional study in a clinic-based sample. Arq. Neuropsiquiatria. São Paulo, v. 78. n 3 p.133-138, Mar. 2020. Disponível em: doi.org/10.1590/0004-282X20190159. Acesso em: maio 2023.

MARTIN, V.T.; FEOKTISTOV, A.; SOLOMON, G.D. A rational approach to migraine diagnosis and management in primary care. Annals of Medicine, Londres, v.53 n.1, p.1979-1990, dez, 2021. Disponível em: doi: 10.1080/07853890.2021.1995626. Acesso em: junho 2023

MINEN, M.T. et al. Migraine and its psychiatric comorbidities. Journal of neurology, neurosurgery, and psychiatry-BMC, Londres, v. 87, n. 7, p. 741–749, Jan, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1136/jnnp-2015-312233. Acesso em: junho 2023.

PERES, M.F.P. et al. Anxiety and depression symptoms and migraine: a symptom-based approach research. The Journal of Headache and Pain -BMC, Londres, v.18, n. 37. Dez, 2017. Disponível em: doi: 10.1186/s10194-017-0742-1.

ROWLAND, L.P. et al. Merrit – Tratado de Neurologia. 13.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

SILBERSTEIN, S. Migraine. The Lancet, Reino Unido, v 363, ed. 9406, p. 381-391, Jan 2004. DOI: Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)15440-8. Acesso em: junho 2023.

SPECIALI, J.G. et al. Protocolo Nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgência do Brasil. Academia brasileira de neurologia – departamento científico de cefaleia da Sociedade Brasileira de Cefaleia. [Publicação online]; 2018. Acesso em outubro 2022.

TOSTES, M.L. Perfil de pacientes atendidos no ambulatório de neurologia do núcleo de gestão assistencial-59 de Ribeirão Preto: explorando os migranosos. Dissertação (mestrado) Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, Saúde e Educação. 2015. Acesso em: outubro 2022.

Publicado

2024-05-29

Cómo citar

Castro Oliveira, M., Júlia Kassia Tenconi, & Daiane Breda. (2024). ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ENXAQUECA E ANSIEDADE EM SERVIÇO DE ATENDIMENTO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR. Revista Multidisciplinar Do Nordeste Mineiro, 5(1). https://doi.org/10.61164/rmnm.v5i1.2390

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.