ABSTINÊNCIA DIGITAL NA EDUCAÇÃO E OS DESAFIOS DA HIPERCONECTIVIDADE
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v10i1.3997Palavras-chave:
Tecnologias Digitais, Abstinência Digital, Desempenho Acadêmico, Saúde Mental, Educação Básica, Lei 15.100/2025Resumo
Introdução: A introdução de dispositivos móveis nas escolas tem transformado a educação, proporcionando acesso instantâneo a informações e novas formas de interação. No entanto, essa inserção também gerou desafios, como dificuldades de concentração e impactos na saúde mental dos estudantes. Objetivo: Investigar os efeitos da hiperconectividade e seus impactos nas formulações de políticas públicas para a educação básica. Método: Este é um ensaio teórico baseado na revisão crítica da literatura existente sobre o uso de tecnologias na educação e seus impactos na saúde mental. Foram analisados estudos que discutem a relação entre o uso de dispositivos móveis, concentração e bem-estar emocional, além de políticas educacionais relacionadas à restrição do uso de celulares. Resultados e Discussões: Os resultados indicaram que, enquanto a restrição ao uso de celulares nas escolas contribuiu para uma maior concentração dos alunos e melhoria no desempenho acadêmico, também provocou sintomas de abstinência digital, como irritabilidade, ansiedade e dificuldades de adaptação. Foi destacado que a combinação de estratégias pedagógicas que promovem o foco e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais é essencial para mitigar esses efeitos adversos. Considerações Finais: A proibição pode ser eficaz academicamente, mas deve considerar os impactos psicológicos, sendo necessária a implementação de estratégias que favoreçam o bem-estar emocional dos alunos, como atividades que promovam a adaptação à ausência de dispositivos móveis e o fortalecimento das habilidades emocionais.
Referências
ALONSO, K. M. Cultura digital e a relação professor-aluno: da autoridade pedagógica à autoridade tecnológica. Educação & Sociedade, v. 39, n. 142, p. 173–176, 5 abr. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/N75qxCkL8Wb4swtcT8cL7tx/. Acesso em: 17 fev. 2025.
BOER, M. et al. Social Media Use Intensity, Social Media Use Problems, and Mental Health among Adolescents: Investigating Directionality and Mediating Processes. Computers in Human Behavior, v. 116, n. 116, p. 106645, 5 dez. 2020. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0747563220303927. Acesso em: 20 fev. 2025.
BRASIL. Lei nº 15.100/2025. Proibição do uso de celulares nas escolas da educação básica. Diário Oficial da União, 2025. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2025/lei-15100-13-janeiro-2025-796892-publicacaooriginal-174094-pl.html. Acesso em: 17 fev. 2025.
BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006.
DIERIS-HIRCHE, J. et al. Media use and Internet addiction in adult depression: A case-control study. Computers in Human Behavior, v. 68, p. 96–103, mar. 2017. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0747563216307579. Acesso em: 20 fev. 2025.
MAGNAGO, Walaci et al. Digital addiction: How cell phones are influencing student behavior. Lumen et Virtus, [S. l.], v. 15, n. 40, p. 4805–4809, 2024. DOI: 10.56238/levv15n40-061. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/586. Acesso em: 17 fev. 2025.
MARIN, M. G.; DE ALMEIDA, R. M. M.. Prevalence of Internet Addiction and Psychological Factors in Adolescents during the COVID-19 Pandemic . Psicologia: Ciência e Profissão, v. 44, p. e257594, 2024. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/ngL85dv34MnbbrgMGyvvW5v/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 18 fev. 2025.
NUNES, P. P. de B. et al. Fatores relacionados à dependência do smartphone em adolescentes de uma região do Nordeste brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 7, p. 2749–2758, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v26n7/1413-8123-csc-26-07-02749.pdf. Acesso em: 17 fev. 2025.
OKHRIMENKO, I. М. et al. Youth’s internet dependence forming factors as a global public health problem. Polski Merkuriusz Lekarski, v. 52, n. 4, p. 421–426, 1 jan. 2024. Disponível em: https://polskimerkuriuszlekarski.pl/wp-content/uploads/library/PolMerkurLek2024i4.pdf. Acesso em: 18 fev. 2025.
OLIVEIRA, N. R. C. DE; MELO, C. V. I. DE; PADOVANI, R. DA C. Dependência de internet: manual e guia de avaliação e tratamento. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 62, n. 4, p. 310–310, out. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/Q5TDCWScZvGVBn5csHbS4mL/. Acesso em: 17 fev. 2025.
VALENTE, J. A. (2018). Tecnologia e educação: o uso das tecnologias na educação básica. São Paulo: Cortez Editora.
WANG, J. C.; HSIEH, C.-Y.; KUNG, S.-H. The Impact of Smartphone Use on Learning effectiveness: a Case Study of Primary School Students. Education and Information Technologies, v. 28, n. 28, 11 nov. 2022. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10639-022-11430-9. Acesso em: 17 fev. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mental health impacts of digital technologies on children and adolescents. 2015. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/184264/9789241509367_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 fev. 2025
XIE, Y.; SZETO, G.; DAI, J. Prevalence and risk factors associated with musculoskeletal complaints among users of mobile handheld devices: a systematic review. Applied Ergonomics, v. 59, p. 132–142, 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27890121/. Acesso em: 17 fev. 2025.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.