AUXINA E ÓXIDO NÍTRICO NA ESTAQUIA DE PIMENTA-DO-REINO

Autores

  • Mirele Coradini IFES
  • Marcus Vinicius Sandoval Paixão IFES
  • Hediberto Nei Matiello IFES
  • Antonio Resende Fernandes IFES

DOI:

https://doi.org/10.61164/rmnm.v8i1.3850

Palavras-chave:

Propagação assexuada, Piper nigrum, Nitroprussiato de sódio

Resumo

A pimenta-do-reino tem forte representação na produção agrícola na região norte do país e forte difusão no estado do Espírito Santo, porém um dos seus entraves esta no baixo enraizamento de estacas. O ácido indolbutírico tem sido utilizado para induzir e melhorar o enraizamento em estacas caulinares de diversas espécies, sendo usado também para o enraizamento da pimenta-do-reino. Além do uso de hormônios, como o AIB, o óxido nítrico, comprovado sinalizador celular, pode interagir com fontes auxínicas, melhorando sua ação na rizogênese. Considerando que qualidade da muda tem grande impacto no desempenho da futura lavoura, objetivou-se avaliar o efeito do ácido indolbutírico e do nitroprussiato de sódio, fonte de óxido nítrico, no enraizamento de estacas de pimenta-do-reino. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, no esquema fatorial (4x4), com quatro níveis no fator A (0,0; 1500; 3000 e 4500 mg.L-1 de AIB) e quatro níveis de fator B (0,0; 100; 200 e 300 µM de NPS), totalizando 16 tratamentos. O estudo foi conduzido com quatro blocos, onde cada unidade experimental foi composta por 10 mudas. Aos noventa dias após a aplicação dos tratamentos foram avaliados o comprimento e massa seca de raiz; comprimento, massa seca e número dos brotos; número de folhas e volume de raízes. As variáveis comprimento de raiz e massa seca de raiz apresentaram interação entre a aplicação de NPS e AIB. As combinações entre as doses de AIB e NPS com imersão total das estacas contribuíram para o enraizamento das mesmas, porém acabaram prejudicando a emissão de brotos.

Biografia do Autor

Mirele Coradini, IFES

Engenheira Agrônoma pelo Ifes Campus Santa Teresa

Marcus Vinicius Sandoval Paixão, IFES

Professor Doutor do IFES Campus Santa Teresa

Hediberto Nei Matiello, IFES

Professor Doutor do IFES Campus Santa Teresa

Antonio Resende Fernandes, IFES

Professor Doutor do Ifes Campus Santa Teresa

Referências

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Conjuntura pimenta-do-reino no Espírito Santo. 2015.

CONCEIÇÃO, S. S.; ARANTES, L. de O.; POSSE, S. C. P.; CERRI NETO, B.; LAVANHOLE, D. F.; DOUSSEAU, S.; CALATRONI, D.; CORREIA, L. Z.; SANT'ANA, C. Pegamento de diferentes genótipos de pimenta-do-reino cultivadas no Norte do Espírito Santo. II SICT do Incaper, 2018.

CORRÊA, M. P. Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. In: Dicionário de Plantas úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Imprensa Nacional Brasília, 1984.

FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e agrotecnologia, v.35, n.6, p.1039-1042, 2011.

FRANÇA-DANTAS, M. S. Manual de segurança e qualidade para a cultura da pimenta-do-reino. Brasília, DF (Brasil). 2004.

FREIRE, R. R. Diagnóstico da produção de mudas em viveiros registrados e propagação vegetativa da pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) no Norte do Espírito Santo. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo, 2013.

GOUVEA, C. M. C. P.; SOUZA, J. F.; MAGALHÃES, A. C. N.: MARTINS, I. S. NO-releasing substances that induce growth elongation in maize root segments. Plant Growth Regulation, v.21, n.3, p.183-187, 1997.

GRATTAPAGLIA, D.; MACHADO, M. A. Micropropagação. In: TORRES AC; CALDAS LS & BUSO JA (eds.). Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília, EMBRAPA CNPH, 1:183-260, 1998.

HARTMANN, H. T.; KESTER, D. E.; DAVIES JUNIOR, F. T.; GENEVE, R. L. Plant propagation: principles and practices. 8.ed., 2011. 915p.

HOFFMANN, A.; FACHINELLO, J. C.; SANTOS, A. M. Propagação de mirtilo (Vaccinium ashei Reade) através de estacas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 30, n. 2, p. 231-236, 1995.

LANA, R. M. Q.; LANA, M. Q.; BARREIRA, S.; MORAIS, T. R.; FARIA, M. V. Doses do ácido indolbutírico no enraizamento e crescimento de estacas de eucalipto (Eucalyptus urophylla). Bioscience Journal, v. 24, n. 3, p. 13-18, 2008.

LIMA, J. S. S.; OLIVEIRA, R. B.; ROCHA, W. S. D.; OLIVEIRA, P. C.; QUARTEZANI, W. Z. Análise espacial de atributos químicos do solo e da produção da cultura pimenta-do-reino (Piper nigrum, L.). IDESIA, Chile, v.28, nº 2, p.31-39, 2010.

LOACH, K. Hormone applications and adventitious root formation in cuttings – a critical review. Acta Horticulturae, Wageningen, n.227, p.126-133, 1988.

LOURINHO, M.P.; COSTA, C.A.S.; SOUZA, L.C.; SOUZA, L.C.; NETO, C.F.O. Conjuntura da pimenta-do-reino no mercado nacional e na região norte do brasil. Enciclopédia Biosfera: Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.10, n.18, p.1016-1031, 2014.

MAGEVSKI, G. C. CZEPAK, M. P.; SCHMILDT, E. R.; ALEXANDRE, R. S.; FERNANDES, A. A. Propagação vegetativa de espécies silvestres do gênero Piper, com potencial para uso como porta enxertos em pimenta-do-reino (Piper nigrun). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.13, p.559-563, 2011.

MATHEW, P. J.; MATHEW, P. M.; KUMAR, V. Graph clustering of Piper nigrum L. (black pepper). Euphytica, v. 118, n. 3, p. 257-264, 2001.

PAGNUSSAT, G. C.; LANTERI, M. L.; LOMBARDO, M. C.; LAMATTINA, L. Nitric oxide mediates the indole acetic acid induction activation of a mitogen-activated protein kinase cascade involved in adventitious root development. Plant Physiology. 135: 279-286, 2004.

PAGNUSSAT, G. C. LANTERI, M. L.; LAMATTINA, L. Nitric oxide and cyclic GMP are messengers in the indole acetic acid-induced adventitious rooting process. Plant Physiology. 132, 1241-1248, 2003.

PAGNUSSAT, G. C.; SIMONTACCHI, M.; PUNTARULO, S.; LAMATTINA, L. Nitric oxide is required for root organogenesis. Plant Physiology. 129: 954-956, 2002.

POLTRONIERI, M. C.; DE LEMOS, O. F. Pimenta-do-reino: cultivares. Embrapa Amazônia Oriental - Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E), 2014.

ROCHA, J.; GALEANO, E. Previsão da produção agrícola para 2018 e desempe ho da produção animal em 2017. 2018.

SANZ, L., PABLO ALBERTOS, P.; MATEOS, I; SÁNCHEZ-VICENTE, I.; LECHÓN, T.; MARCOS, M. F.; LORENZO, O. Nitric oxide (NO) and phytohormones crosstalk during early plant development. Journal of Experimental Botany, v. 66, n. 10, p. 2857-2868, 2015.

SOARES, M. R.; SILVA, L. F. da; MATOS, L. O. O. .; RIBEIRO, P. T. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, [S. l.], v. 2, n. 1, 2023. Disponível em: https://revista.unipacto.com.br/index.php/multidisciplinar/article/view/1008

TEIXEIRA, D. de A.; OLIVEIRA, H. B. de; SILVA, M. H.; FURTADO, H. V. V.; HOTT, R. de C. AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE DA DIPIRONA SÓDICA:: DEREFERÊNCIA, SIMILAR, GENÉRICA E MANIPULADA, COMERCIALIZADAS NOMUNICIPIO DE TEÓFILO- OTONI, MG. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, [S. l.], v. 2, n. 1, 2023. Disponível em: http://revista.unipacto.com.br/index.php/multidisciplinar/article/view/432

FAGUNDES, J. P. R.; ANDRADE, A. L. de A. . POÇOS ARTESIANOS:: uma reflexão na perspectiva da sustentabilidade. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, [S. l.], v. 1, n. 1, 2023. Disponível em: https://revista.unipacto.com.br/index.php/multidisciplinar/article/view/402

SELIGMAN, K. Importância do radical óxido nítrico no processo de floração utilizando-se Arabidopsis thaliana L. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 2008.

STÖHR, C., STRUBE, F.; MARX, G.; ULLRICH, W. R.; ROCKEL, P. A plasma membrane-bound enzyme of tobacco roots catalyses the formation of nitric oxide from nitrite. Planta, v. 212, n. 5-6, p. 835-841, 2001.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Artemed, 954p. 2013.

Downloads

Publicado

2025-04-30

Como Citar

Coradini, M., Paixão, M. V. S., Matiello, H. N. ., & Fernandes, A. R. . (2025). AUXINA E ÓXIDO NÍTRICO NA ESTAQUIA DE PIMENTA-DO-REINO. Revista Multidisciplinar Do Nordeste Mineiro, 8(1), 1–15. https://doi.org/10.61164/rmnm.v8i1.3850