ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO HEXÂNICO DE PSIDIUM GUINEENSE (MYRTACEAE) CONTRA CEPAS DE CANDIDA GLABRATA E CANDIDA PARAPSILOSIS.

Resumo

A candidíase é uma infecção fúngica oportunista causada por microrganismos do gênero Candida, a mais comum da cavidade oral. Os fungos Candida estão presentes na microbiota oral saudável, entretanto condições podem torná-los patogênicos. Diversos medicamentos antifúngicos vêm sendo utilizados para o tratamento da candidíase, tais como, antifúngicos azóis (cetoconazol, fluconazol) e antifúngicos poliênicos (nistatina, anfotericina B), no entanto, diversos desafios têm sido observados quanto à eficácia do tratamento medicamentoso como: a resistência das cepas fúngicas aos antimicóticos, adesão do paciente, efeitos adversos dos medicamentos sintéticos. Assim, o uso de plantas medicinais apresenta-se como uma alternativa viável e promissora para a descoberta de novos agentes fitofármacos de grande potencial biológico. Embasado em estudos da literatura que evidenciam as caraterísticas físico-químicas e etnofarmacológicas das espécies de plantas medicinais, esta pesquisa tem por objetivo avaliar a atividade antifúngica do extrato hexânico de Psidium guineense (Myrtaceae). O estudo se dá através da realização de ensaios in vitro onde foi utilizado como substância-teste o extrato hexânico de Psidium guineense frente as espécies fúngicas de Candida glabrata e Candida parapsilosis previamente identificadas e mantidas em meios de cultura de ágar Sabouraud dextrose – ASD e caldo Sabouraud dextrose – CSD. Ademais, para realização do controle positivo foi empregado a nistatina como antifúngico padrão. Por conseguinte, foi realizada a técnica de microdiluição em caldo para determinação da Concentração inibitória mínima (CIM) do extrato hexânico de Psidium guineense. A leitura da CIM foi feita em 48 horas. Como resultado desse estudo, foi possível identificar que para ambas as cepas da espécie do gênero Candida, o extrato hexânico de Psidium guineense apresentou valor de CIM superior a 1024 µg/mL. Sendo assim, observa-se que a substância teste em questão apresenta-se ineficaz contra as cepas de fungos testadas por meio da metodologia utilizada, no entanto necessita de mais estudos para verificar o potencial antifúngico contra outras cepas de fungos.