USO DE SENSORIAMENTO REMOTO NA IDENTIFICAÇÃO DE DEGRADAÇÃO EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE AO LONGO DO RIO CUPIJÓ EM CAMETÁ – PA

Resumen

As Áreas de Preservação Permanente (APPs), são um dos elementos estruturais de conservação de grande importância para o ecossistema, contribuem de forma decisiva nos processos de preservação da biodiversidade e prevenção de processos erosivos, além de contribuir para qualidade da água. No entanto a degradação dessas áreas tem se tornado um problema constante, principalmente pela ação do homem com desmatamento e ocupação desordenada. Diante disto objetivo desta pesquisa foi através do sensoriamento remoto e uso de imagens de satélite fazer uma análise em um trecho do rio Cupijó no município de Cametá-PA, identificando e quantificando as áreas degradadas ao longo da APP. Para análise das áreas de APP, foram utilizadas imagens de satélite obtidas de forma gratuita junto a plataforma Sentinel Hub para os anos de 2004 e 2024. Para o ano de 2004 foram o utilizadas imagens do sensor TM LANDSAT 5, e para o ano de 2024 foram utilizadas imagens do sensor Multispectral Instrument (MSI) do satélite Sentinel-2. As bandas do infravermelho próximo (NIR) e do vermelho visível (RED) foram selecionadas para análise da vegetação, o que é necessário para o cálculo do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Após o processamento das imagens usando o software QGIS, foi quantificado o tamanho da área de APP, bem como identificado os pontos de degradação. Através das técnicas de sensoriamento remoto foi possível quantificar as áreas de Preservação Permanente ao longo rio Cupijó, podendo essa técnica ser adotada para o mapeamento de outros rios dentro do município de Cametá com custo baixo. Foi identificado vários pontos de degradação ao longo do trecho do rio Cupijó, verificou-se que ao longo dos últimos 20 anos ocorreu um aumento no tamanho da área degradada, o que serve de alerta para os gestores municipais.

Palavras-chave: ocupação; degradação ambiental; sensoriamento remoto.