MIELOMA MÚLTIPLO: UM SOPRO DE ESPERANÇA COM A TERAPIA QUÁDRUPLA
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v12i2.3170Palabras clave:
Paraproteinemias; Intervalo Livre de Progressão; Terapêutica; Anticorpos Monoclonais.Resumen
Introdução: O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica decorrente da proliferação anormal de plasmócitos. Recentemente, foram adicionados ao tratamento os anticorpos monoclonais antiCD38, que são promissores na profundidade da resposta. Objetivo: Avaliar o impacto na sobrevida e na doença residual mínima dos pacientes com Mieloma Múltiplo submetidos à terapia quádrupla. Método: Trata-se de uma Revisão Sistemática de Prognóstico, que apresentou a seguinte pergunta norteadora - “Os pacientes com Mieloma Múltiplo, que são tratados com a terapia quádrupla, têm impacto na sobrevida e na doença residual mínima?”. Em seguida, houve a busca dos DeCS (“Survival Rate” or “Survival Analysis” and "Drug Therapy" and "Multiple Myeloma" and “Antibodies, Monoclonal”) nas bases de dados conforme a aplicabilidade dos critérios de inclusão, que são artigos de coorte e sobrevida. Excluindo-se os duplicados e que não respondem à pergunta, resultando em nove artigos. Resultados: Ao avaliar os achados, obteve-se que 66,7% dos estudos demonstraram um “aumento na sobrevida global e livre de progressão”, ao passo que 22,2% não apresentaram melhora em nenhuma das sobrevidas. Em relação à doença residual mínima, obteve-se uma negativa em grande parte dos estudos analisados (66,7%). Em contrapartida, 33,3% afirmaram não ter havido alteração. Conclusão: Infere-se que a terapia quádrupla impactou aumentando a sobrevida global e livre de progressão e a negativação da doença residual mínima, especialmente quando realizada com um anticorpo monoclonal anti-CD38. Contudo, há a necessidade de mais estudos comparando as terapias quádruplas para que haja uma aplicabilidade clínica com maior nível de evidência científica.
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