LEVANTAMENTO ETNOFARMACOLÓGICO DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA BOM JESUS DOS PRETOS-MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v12i3.3238Keywords:
Plantas medicinais; Etnofarmacologia; Quilombolas; Conhecimento tradicional; Biodiversidade.Abstract
The study documents ancestral knowledge about medicinal plants, transmitted orally between generations, reinforcing the cultural and medicinal importance of this knowledge in the Quilombola Community Bom Jesus dos Pretos-MA. Ethnopharmacological research cataloged 59 species used to treat certain pathologies and minor disorders. Each plant was identified with its scientific name, indication of use and method of preparation. The survey revealed that knowledge about these plants is preserved especially by women between 30 and 70 years old who pass it on to family members. The results showed the mention of 59 species with different indications, as, for many of these families, medicinal plants are the main health resource. However, in some cases, there is a lack of scientific evidence to support certain applications. Therefore, it is emphasized that phytotherapeutic practices need to be further explored within the scope of the Unified Health System (SUS), considering the ease of access, given the extensive Brazilian biodiversity, and the capacity for resolution in the treatment of self-limited illnesses, at the same time. at the same time that research must support the efficacy and safety profile.
Keywords: Medicinal plants; Ethnopharmacology; Quilombolas; Traditional knowledge; Biodiversity.
References
ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L. H. C.; SILVA, A. C. M. Use of plant resources in a seasonal dry forest (Northeastern Brazil). Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 27-38, 2005.
ALBUQUERQUE, U. P., RAMOS, M. A., LUCENA, R. F. P., & ALENCAR, N. L. (2011). Transferência do conhecimento sobre plantas medicinais na família. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 13(4), 494-500.
ALMEIDA, R. M. A. et al. Adulteração e contaminação em plantas medicinais comercializadas no Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n. 3, 2015.
AMOROZO, M. C. M.; GÉLY, A. Uso de plantas medicinais por caboclos do baixo amazonas, Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v. 4, n. 2, p. 47-131, 1988.
ARÉVALO, Esneyder Isait Manjarrez. Saber popular e saber médico: um estudo das parteiras (Século XIX). Editora Dialética, 2022.
BEGOSSI, A. Uses of ecological methods in ethnobotany: diversity indices. Economic Botany, v. 50, n. 3, p. 280-289, 1996.
BRASIL. Ministério da Saúde. RENAME 2022: Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/. Acesso em: 7 nov. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. RENISUS: Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/. Acesso em: 7 nov. 2024.
BRASIL, Presidência da República. Decreto 5813 de 22 de junho de 2006 – Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Brasil, 2006.
CANGA, A. et al. Etnofarmacologia: desafios e perspectivas no estudo de plantas medicinais. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 32, n. 5, p. 698-711, 2022.
COSTA, L. M. et al. Garantia de qualidade e segurança nas plantas medicinais: desafios e avanços. Revista de Fitoterapia, v. 10, n. 4, 2016.
DE SENA SANTOS, Elvany et al. Uso de plantas medicinais por usuários na atenção primária á saúde: uma abordagem complementar ao tratamento convencional. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 7, n. 14, p. e141132-e141132, 2024.
DOS SANTOS, Maria Hortencia Borges et al. Plantas medicinais usadas para doenças do sistema respiratório em mercados públicos do Nordeste do Brasil. Ethnoscientia-Brazilian Journal of Ethnobiology and Ethnoecology, v. 7, n. 3, p. 62-76, 2022.
FAIAD, C. A. A medicina tradicional quilombola e as plantas medicinais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 35, n. 104, p. 75-89, 2020.
FARNWORTH, N. R. Ethnobotany and the search for new drugs. In: CHADWICK, D. J.; MARSH, J. Ethnobotany and the search for new drugs. London: John Wiley & Sons, 1994.
FEITOSA, Eliana Aparecida Silva Santos. Identidade e cultura: estudo etnogeográfico da comunidade tradicional do Moinho em Alto Paraíso de Goiás. 2017.
FERREIRA, Tiago Agostinho et al. Interações entre plantas medicinais e medicamentos em portadores de hipertensão arterial sistêmica e Diabetes mellitus. 2022.
FLOR, A. S. S. O.; BARBOSA, W. L. R. (2015). Sabedoria popular no uso de plantas medicinais pelos moradores do bairro do Sossego no distrito de Marudá - PA. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínia, v. 17, n. 4, p. 757-768.
GARCIA, LUCAS ARANTES. Mudanças climáticas e globais: uma análise do papel do ser humano e das respostas evolutivas da biodiversidade. 2016. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
GUIMARÃES, Bárbara Mendes et al. Práticas terapêuticas com plantas medicinais para o tratamento do Diabetes Mellitus. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, p. e474101018874-e474101018874, 2021.
MENDES, M. A. et al. Riscos associados ao uso de plantas medicinais. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 26, n. 6, 2016.
MING, L. C. Diversity and quality of medicinal plants in Brazil. In: FARNWORTH, N. R.; SOEJARTO, D. D. Medicinal Resources of the Tropical Forest. New York: Columbia University Press, 1995.
NERIS, Jaqueline Couto et al. PROMOÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA FARMÁCIA VIVA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 11, p. 1579-1586, 2023.
OLIVEIRA, A. S., & Moura, L. C. (2015). Plantas medicinais: saberes e práticas em comunidades tradicionais da Amazônia. Acta Amazônica, 45(2), 237-245.
OLIVEIRA, J. P., & Santos, M. A. (2019). Conhecimento etnofarmacológico em comunidades rurais do semiárido. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 21(1), 25-35.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Alma-Ata 1978 - Cuidados primários de saúde. Relatório da conferência internacional sobre cuidados primários de saúde. Brasília: Organização Mundial da Saúde/Fundo das Nações Unidas para a Infância; 1979.
PEREIRA, Joedna Cavalcante et al. Espécies medicinais do Brasil com potencial anti-inflamatório ou antioxidante: Uma revisão. Research, Society and Development, v. 10, n. 7, p. e10310716196-e10310716196, 2021.
PIMENTEL, M. A. et al. Biodiversidade e farmacologia: a química natural das plantas medicinais. Jornal de Ciências da Saúde, v. 29, n. 3, p. 145-158, 2015.
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Cartilha de Plantas Medicinais. Campinas, 2021. Disponível em: saude.campinas.sp.gov.br. Acesso em: 19 nov. 2024.
RODRIGUES, A. G.; DE SIMONI, C. Plantas medicinais no contexto de políticas públicas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 31, n. 255, p. 7-12, mar./abril, 2010.
ROGÉRIO, F. L. O saber tradicional quilombola: práticas de cura e o uso de plantas medicinais. Revista de Estudos Afro-Brasileiros, v. 10, p. 24-37, 2014.
ROQUE, A.A; ROCHA, R. M; LOIOLA, M. I. B. Uso e diversidade de plantas medicinais da Caatinga na comunidade rural de Laginhas, município de Caicó, Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil). Revista brasileira de plantas medicinais, v.12, n. 1. Botucatu/SP: 2010.
SALES, L. M. et al. A utilização de plantas medicinais no Brasil: histórico e potencial terapêutico. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n. 4, p. 358-369, 2015.
SANTOS, M. M.; NUNES, M. G. S.; MARTINS, R. D. Uso empírico de plantas medicinais para tratamento de diabetes. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, p. 327-334, 2012.
SANTOS, N. B. Resistência e desafios na garantia da posse da terra na Comunidade Quilombola de Mocambo no município Porto da Folha - SE. 2014.
SCHNEIDER, P. R., OLIVEIRA, A. L., & SILVEIRA, M. S. (2017). Saberes tradicionais em comunidades ribeirinhas da Amazônia. Revista de Etnofarmacologia e Sustentabilidade, 5(2), 45-60.
SILVA, Amanda Cardoso da; LOBATO, Flavio Henrique Souza; RAVENA-CANETE, Voyner. Plantas medicinais e seus usos em um quilombo amazônico: o caso da comunidade Quilombola do Abacatal, Ananindeua (PA). Revista do NUFEN, v. 11, n. 3, p. 113-136, 2019.
SILVA, L. A. S. Estudos Fitoquímico e Biológico de Campsiandra Comosa Benth. (Fabaceae), 2022.
SILVA, Laura Edvânia Ferreira da. Estudo de funções orgânicas: contextualização através de plantas medicinais. 2019.
SILVA, M. E. et al. A comercialização de plantas medicinais: desafios e perspectivas. Ciência e Saúde Coletiva, v. 22, n. 10, 2017.
SILVA, R. M., Alves, L. L., & Moreira, T. S. (2018). Etnobotânica e etnofarmacologia: conhecimento popular de plantas medicinais em comunidades rurais. Revista Brasileira de Etnofarmacologia, 5(1), 30-40.
SOUZA, M. R. Plantas Medicinais: cultivo, controle e riscos. Ciência Rural, v. 46, n. 5, 2017.
TEIXEIRA, Katrine. Plantas medicinais que podem causar alteração na pressão arterial e interação com anti-hipertensivos. 2011.
UNASUS. Formas de preparo de chás e remédios caseiros. 2021. Disponível em: ares.unasus.gov.br. Acesso em: 19 nov. 2024
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.