OS IMPACTOS DO ABANDONO AFETIVO PATERNO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Autores

  • Tiphany Pires de Mendonça Faculdade Integrada da América do Sul - INTEGRA
  • Marcella Antunes Sousa Luiz de Oliveira Faculdade Integrada da América do Sul - INTEGRA

DOI:

https://doi.org/10.61164/rmnm.v1i1.3418

Palavras-chave:

Abandono. Afetividade. Desenvolvimento.

Resumo

Resumo: A família no século XVIII apresentava papéis definidos para homens e mulheres, contudo, novos modelos familiares foram incorporados à sociedade do século XXI, destacando a importância da afetividade. A pergunta norteadora é: quais os impactos da ausência de afetividade no desenvolvimento da criança por parte do genitor? O objetivo geral deste artigo é identificar os impactos do abandono afetivo paterno no desenvolvimento infantil. Os objetivos específicos são: 1) analisar os impactos psicológicos no desenvolvimento infantil, 2) identificar como o abandono afeta nas relações sociais, 3) compreender as consequências no adulto mediante o abandono afetivo na infância. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura, utilizando como critérios de inclusão os últimos 10 anos e conduzida nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Este trabalho justifica-se por vivências semelhantes passadas pela autora, além disso, nota-se certa naturalização ao abandono paterno, pois há recorrência significativa de casos de abandono paterno no Brasil. O desenvolvimento infantil é complexo e influenciado por diversos fatores, entre eles se destacam o ambiente familiar e as relações sociais. Estudos baseados em Freud categorizam o desenvolvimento infantil em fases, sugerindo que as experiências vivenciadas durante a infância moldam a personalidade do indivíduo adulto. A ausência do genitor pode comprometer o desenvolvimento, apresentando impactos psicológicos, sociais e nas relações futuras da criança.

Referências

ABREU, Lara Luisa. Patriarcalismo e monogamia: a desproteção das famílias paralelas como consequência do modelo patriarcal de família. Instituto Brasileiro de Direito da Família - IBDFAM. V. 3, p. A7, 2021

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Mães solo. Rio de Janeiro. Disponível em: <https://www.academia.org.br/nossa-lingua/nova-palavra/maesolo#:~:text=O%20termo%20'm%C3%A3e%20solo'%20hoje,dif%C3%ADcil%20miss%C3%A3o%20de%20ter%20um>. Acesso em: 24 out. 2022.

ARAUJO, Litiane Motta Marins; MATOS, Lucia Helena Ouvernei Brazde; SOBREIRA, Eneisa Miranda Bittencourt. A função social do direito de família repersonalizado. Revista acadêmica de direito da Unigranrio, Capa, v. 10, n. 1, p. A7, jun. 2020.

ARAÚJO, Augusto Andrade; ROCHA, Caroline Vieira da; FERNANDES, Gabrielly Alves; PINHEIRO, Isis; LIMA, Karen Cristine Vieira de; SILVA, Luiz Augusto de Castro; SILVA, Nataly Alice Vieira da. Mãe solo no mercado de trabalho. Repositório Institucional do Conhecimento - RIC-CPS, 2023.

BECKER, Ana Paula Sesti; CREPALDI, Maria Aparecida. O apego desenvolvido na infância e o relacionamento conjugal e parental: Uma revisão da literatura. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 19, n. 1, p. 238-260, 2019.

BRASIL. Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art186>. Acesso em: 18 abr. 2024.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art226>. Acesso em: 9 mar. 2024.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília, DF: Senado Federal, 1990. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 25 maio 2024.

BRIZOLA, Jairo; FANTIN, Nádia. Revisão da literatura e revisão sistemática da literatura. Revista de Educação do Vale do Arinos - RELVA, v. 3, n. 2, 2016.

CAMPOS, Barbara Aparecida Gomes; BAQUIÃO, Leandra Aurélia. Abandono Afetivo Paterno: As consequências do pai ausente na infância, Revista de Psicologia, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 1-14, 20 abr. 2022.

CASTELHANO, Marcos Vitor Costa; LEITE, Vinícius Silveira. A segunda tópica freudiana e as estruturas psíquicas sob novas perspectivas: uma revisão narrativa. Revista Coopex, v. 13, n. 1, p. 1-10, 2022.

CASTRO, Yuri Silva de; GONÇALVES, Jonas Rodrigo; DA COSTA, Danilo. Função social da família: responsabilização dos pais em decorrência do abandono afetivo. Revista Processus de Estudos de Gestão, jurídicos e Financeiros, v. 13, n. 44, p. 24-43, 2022.

CUNHA, Cristina Jesus Oliveira; FITTIPALDI, Paula Ferraço; SIQUEIRA, Carolina Bastos de. O abandono afetivo paterno sob uma perspectiva feminista. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito de Vitória, Vitória, 2021.

EUZÉBIO, Alessandro. Fases de desenvolvimento psicossexuais em Freud (2023). Disponível em: <https://e-gaio.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Fases-de-Desenvolvimeno-Psicossexuais-em-Freud.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2024.

FERNANDES, Priscila da Silva. Família monoparental feminina: desafios de ser mãe solo. 2022. Dissertação (Mestrado em Educação Sexual) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2022. Disponível em: <https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/educacao_sexual/5832.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2024.

GERCHMANN, Augusta. A sutil diferença entre criar e educar–sobre a concepção freudiana da educação. Aprender-Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, n. 17, 2017.

GOMES, Daiane Lobo; SOUSA, Luma Pereira de; ALVES, Maria Suely Souza; NOGUEIRA, Adriana Goes Urano. Jovem adulto e os conflitos familiares: o impacto das relações para o desenvolvimento do sexto estágio de Erik Erikson.Anais do VIII Seminário do Programa de Iniciação Científica da Faculdade Luciano Feijão, 2022.

HAN, Jing; CUI, Naixue; LYU, Pingando; LI, Yang.Ambiente doméstico na primeira infância e função cognitiva infantil: uma meta-anális. Personalidade e Diferenças Individuais, v. 200, p. 111905, 2023.

MAIS 170 mil crianças não receberam o nome do pai no último ano no Brasil. Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, 2023. Disponível em: <https://arpenbrasil.org.br/press_releases/mais-170-mil-criancas-nao-receberam-o-nome-do-pai-no-ultimo-ano-no-brasil/>. Acesso em: 24 ago. 2024.

MARASCA, Aline Riboli; MALLMANN, Manoela Yustas; SILVA, Mônia Aparecida da; FLORIANO, Mara Cristina Correa; FRIZZO, Giana Bitencourt; BANDEIRA, Denise Ruschel. O papel da frequência a instituições de educação infantil e de variáveis do ambiente doméstico no desenvolvimento da criança de zero a seis anos. Avances en Psicología Latinoamericana, v. 41, n. 1, 2023.

MELO, Anna Kharollinny de. Abandono afetivo: as consequências da ausência paterna na vida emocional dos filhos. 2024. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2024.

MENDES, Josimar Antônio; ALMEIDA, Marília Pacheco; MELO, Giulia Veiga de Leite Ribeiro. Abandono afetivo parental: uma (re)visão crítica, narrativa-sistemática da literatura psico-jurídica em português. Psicologia Argumento, v. 39, n. 105, p. 657-688, 2021.

MIOTO, Regina Célia Tamaso. Família contemporânea e proteção social: notas sobre o contexto brasileiro. In: Famílias na Cena Contemporânea: (des)proteção social, (des)igualdades e judicialização, p. 23, 2020.

MUNHOZ, Tiago N.; SANTOS, Iná S.; BLUMENBERG, Cauane; BARCELOS, Raquel Siqueira; BORTOLOTTO, Caroline C.; MATIJASEVICH, Alicia; JÚNIOR, Hernane G. Santos; SANTOS, Letícia Marques dos; CORREA, Luciano L.; SOUZA, Marta Rovery de; LIRA, Pedro I. C.; ALTAFIM, Elisa Rachel Pisani; MACANA, Esmeralda Correa; VICTORA, Cesar G. Fatores associados ao desenvolvimento infantil em crianças brasileiras: linha de base da avaliação do impacto do Programa Criança Feliz. Cadernos de Saúde Pública, v. 38, p. e00316920, 2022.

PAPALIA, Diane E.; MARTORELL, Gabriela. Desenvolvimento humano 14. ed. São Paulo: McGraw Hill Brasil, 2022.

PIRES, Misael Fernandes. O abandono afetivo parental. 2017. Monografia (Bacharel em Psicologia) – Centro Universitário do Cerrado Patrocínio, Patrocínio, 2017.

ROSAS, Juliana Monteiro Maia Pereira. O afeto como elemento transformador do conceito de família. In: Associação Brasileira de Psicologia Jurídica. Psicologia na Prática Jurídica. São Luís: UNICEUMA, p. 52-65, 2019.

SANTOS, Antonio Fernando, OLIVEIRA Izomar da Silva, JÚNIOR João Fernando Costa, HUBER Norberto. Influência Social: A participação da família na aprendizagem dos filhos. Rebena-Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, v. 3, p. 132-152, 2022.

SCHMIDTA, Fernanda Munhoz Driemeier; CAPELLARI, Camila Piva da Costa; CECONELLO, Bruna Portal; CONTESSA, Júlia Camargo; EPSZTEIN, Jéssica Aronis; BOTTEGA, Paola Rodrigues; COSSIO, Maricéia Duarte; SERRALTA, Fernanda Barcellos. Associação entre traumas na infância e a representação de apego parental na vida adulta. Revista Brasileira de Psicoterapia, v. 22, n. 2, 2020.

SILVA, Anne Karollyne Lins; SILVA, Talita Sara Ferreira da; RODRIGUES, Luana Gil Faião; SOUZA, Maxsuel Oliveira de; TEIXEIRA, Vanina Papini Góes. O impacto da negligência familiar no desenvolvimento infantil. Gep News, v. 1, n. 1, p. 274-279, 2018.

SILVA, Helen Teodoro de Siqueira da. Surgimento da literatura infantil e concepção de criança. Revista Desenvolvimento Intelectua, p. 133, 2021.

SOUZA, Audrey Setton Lopes de. Re-visitando a latência: reflexões teórico-clínicas sobre os caminhos da sexualidade. Psicologia USP, v. 25, p. 155-161, 2014.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Famílias e famílias: consequências jurídicas dos novos arranjos familiares sob a ótica do STF. Disponível em: <https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/2023/08102023-Familias-e-familias-consequencias-juridicas-dos-novos-arranjos-familiares-sob-a-otica-do-STJ.aspx>. Acesso em: 9 mar. 2024.

TARZIAN, Martin; NDRIO, Mariana; FAKOYA, Adegbenro O. Uma introdução e breve visão geral da psicanálise. Cureus, v. 15, n. 9, 2023.

TRAPP, Edgar Henrique Hein; ANDRADE, Railma de Souza. As consequências da ausência paterna na vida emocional dos filhos. Revista Ciência Contemporânea, v. 2, n. 1, p. 45-53, 2017.

Downloads

Publicado

2025-01-15

Como Citar

Pires de Mendonça, T. ., & Antunes Sousa Luiz de Oliveira, M. . (2025). OS IMPACTOS DO ABANDONO AFETIVO PATERNO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL. Revista Multidisciplinar Do Nordeste Mineiro, 1(1), 1–23. https://doi.org/10.61164/rmnm.v1i1.3418

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.