UM ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA PELA COVID-19 PARA AS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS COM TEA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL:
IMPLICAÇÕES DO NÍVEL DE FALA
Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista, COVID-19, solamento social, impacto, famíliaResumo
Introdução: A pandemia de COVID-19 apresentou desafios para a adaptação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares/cuidadores ao isolamento social. Mudanças repentinas na rotina podem ser particularmente difíceis para crianças com TEA. Nesse contexto, investigamos as implicações do isolamento social na vida de crianças com TEA e seus cuidadores. Métodos: Realizamos um estudo transversal utilizando um questionário anônimo que incluiu perguntas sobre as características sociodemográficas e clínicas de crianças com TEA e suas famílias, bem como sobre as consequências da pandemia em diferentes aspectos de suas vidas. As análises foram conduzidas levando em consideração o nível de fala das crianças (fala fluente, dificuldade de fala e ausência de fala). Resultados: Os resultados mostraram que a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na vida de crianças com TEA e seus familiares/cuidadores. As famílias/cuidadores de crianças não verbais classificaram o período de pandemia como o mais desafiador. Crianças com TEA predominantemente apresentaram mudanças comportamentais, sendo que os níveis mais elevados de problemas foram relatados em crianças não verbais. Além disso, os pais/cuidadores classificaram o período de isolamento devido à pandemia como mais desafiador para si mesmos do que para seus filhos. Discussão: Os resultados destacam a necessidade de fornecer apoio e recursos apropriados para crianças com TEA e seus familiares/cuidadores durante períodos de mudança e incerteza, como durante a pandemia de COVID-19. É importante que os profissionais de saúde considerem as necessidades individuais de cada criança e forneçam orientações específicas para lidar com mudanças na rotina. Além disso, fornecer apoio emocional e social aos pais/cuidadores é crucial para minimizar o estresse e a sobrecarga emocional. Conclusão: Os resultados sugerem que crianças não verbais com TEA podem ser particularmente vulneráveis aos efeitos do isolamento social.
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