PERFIL DOS ÓBITOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NÃO ESPECIFICADO EM POPULAÇÃO ADULTO/JOVEM NA 10ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ NA ÚLTIMA DÉCADA
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v12i1.2933Palabras clave:
Acidente Vascular Cerebral, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumen
O Brasil registrou 102.812 óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) em 2020, resultando em uma média de 12 casos por hora ou 307 por dia. Considerando a importância do tema, este artigo teve por objetivo descrever o perfil epidemiológico das mortes por AVC na 10ª Regional de Saúde do estado do Paraná (10ª RS) na última década. Estudo ecológico, de série temporal, de abordagem quantitativa e de natureza descritiva, realizado mediante análise dos dados de mortalidade por AVC não especificado (CIDs 10: G45, G46, I60 até I69) depositados no DATASUS entre 2013 e 2022 referentes à 10ª RS do Paraná. Foram coletadas (entre Julho e Agosto de 2024) as variáveis: etnia, faixa etária, sexo, escolaridade, estado civil, município e local da ocorrência. Neste período foram registrados 2.943 óbitos, 85,57% dos casos ocorreram em pacientes com 60 anos ou mais. Foram registrados 1.616 (55%) casos no sexo masculino e 1.327 (45%), no sexo feminino. Uma análise detalhada dos 8 CIDs relacionados ao AVC demonstrou que apenas em 2 deles o número de óbitos em mulheres foi superior (G45 e I60). Do total de registros, 83% eram de etnia branca, 38% possuíam entre 1 e 3 anos de escolaridade, 41,9% era casado e 63,1% dos óbitos ocorreram em ambiente hospitalar. Com relação aos municípios, 11 deles apresentaram diminuição percentual na taxa de mortalidade em 2022 comparado com 2013, já os demais evoluíram com aumento. A média da distância entre aqueles com diminuição na mortalidade e a cidade de Cascavel, referência na assistência ao AVC, foi de 56 km contra 78 km daqueles com taxa de mortalidade aumentada.
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