AS PRINCIPAIS REPERCUSSÕES BIOPSICOSSOCIAIS DE FAMILIARES CUIDADORES DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

Resumo

O estudo aborda a temática da Insuficiência Renal Crônica (IRC) e do tratamento de hemodiálise, considerando as diversas consequências para o familiar cuidador. Esse tema tem grande relevância, pois o papel do familiar cuidador é desgastante e o sujeito que assume essa função pode adquirir comprometimentos em sua vida social, na sua saúde física e mental, sendo que, vivencia mudanças nos seus hábitos, além de restrições devido ao tempo de dedicação ao tratamento. Por meio de pesquisa bibliográfica, de cunho descritivo e abordagem qualitativa, objetiva-se descrever as principais repercussões biopsicossociais para os familiares cuidadores de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. A IRC é vista como grave problema de saúde que não há expectativa de cura, tendo como tratamento mais comum a hemodiálise. Devido às especificidades da doença, é importante a presença de um cuidador, que geralmente é algum familiar. Pode haver casos de sobrecarga nesse cuidador em diversos fatores, sendo esses físicos, sociais e psicológicos. Sua rotina pode tornar-se comprometida e limitada, causando redução nas atividades sociais, contratempos no trabalho, problemas de saúde, alterações na vida familiar, despreocupação com o autocuidado, dentre outros. O papel de cuidador pode tornar-se desgastante, sendo necessária uma assistência da Psicologia voltada para esses sujeitos de forma individual ou grupal, com o propósito de atenuar essa situação e criar um espaço de escuta humanizada. O vínculo entre paciente e família é muito importante e necessita de uma atenção do psicólogo agindo com um mediador na manutenção desses laços.