QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO AR EM AMBIENTES CLIMATIZADOS
PERSPECTIVAS E ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS DE MONITORAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v11i1.4168Palavras-chave:
Qualidade do ar; Ambientes climatizados; Contaminação microbiológica; Tecnologia de baixo custo; Saúde pública.Resumo
A qualidade microbiológica do ar em ambientes climatizados representa uma preocupação
crescente no campo da saúde pública, especialmente em locais de uso coletivo como bibliotecas,
escolas e hospitais. A exposição contínua a microrganismos como bactérias e fungos em
ambientes internos está associada ao aumento de doenças respiratórias e à chamada "síndrome
do edifício doente". Apesar da importância do monitoramento da qualidade do ar, o elevado custo
de equipamentos comerciais ainda é uma barreira significativa para instituições com recursos
limitados. Este artigo tem como objetivo revisar a literatura científica sobre a contaminação
microbiológica do ar em ambientes climatizados e apresentar alternativas tecnológicas viáveis de
baixo custo para sua avaliação. Estudos demonstram a eficácia de métodos tradicionais como a
sedimentação espontânea e a impactação de Andersen, sendo essa última utilizada como base
para o desenvolvimento de um aparelho alternativo por Veras et al. (2025). O dispositivo,
construído com materiais simples como galões plásticos e coolers, obteve resultados compatíveis
com os limites estabelecidos pela ANVISA (750 UFC/m³), validando seu uso como ferramenta
acessível para vigilância ambiental. Além de sua eficácia, o aparelho destaca-se pelo baixo custo,
facilidade de uso e potencial aplicação educativa. A pandemia de COVID-19 reforçou a
necessidade de estratégias de monitoramento mais abrangentes, acessíveis e adaptáveis.
Conclui-se que tecnologias alternativas de baixo custo, aliadas a boas práticas de ventilação e manutenção, podem promover maior equidade no controle da qualidade do ar, favorecendo a
prevenção de doenças e a formação de comunidades mais conscientes e resilientes.
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