A MASTURBAÇÃO E A ESTIMULAÇÃO SEXUAL COMO FACILITADORES DO TRABALHO DE PARTO

Resumo

O parto constitui um processo fisiológico intricado, regulado por relações hormonais, emocionais e neurológicas, em que a ocitocina um dos principais hormônios responsáveis por induzir e manter as contrações uterinas. Em face do crescente desejo de buscar alternativas não farmacológicas que proporcionem um nascimento mais natural e humanizado, esta pesquisa teve por finalidade investigar, com base em pesquisas científicas recentes, de que maneira a masturbação e a estimulação sexual podem funcionar como facilitadoras do trabalho de parto. A investigação foi realizada por meio de uma análise qualitativa, com investigação bibliográfica de fontes científicas publicadas nos últimos dez anos nas áreas de obstetrícia, sexualidade humana e fisiologia do parto. A pesquisa foi efetuada em bases de dados como SciELO, PubMed e LILACS, dando prioridade a materiais com comprovação científica e relevância prática. Os achados indicaram que práticas como o orgasmo e a estimulação dos mamilos propiciam a liberação de ocitocina e endorfinas, colaborando para a aceleração das contrações e para o alívio da dor. Ademais, explanações de gestantes e profissionais da saúde apontam que essas práticas podem oferecer relaxamento, fortalecimento do vínculo afetivo e uma sensação de controle durante o processo do parto, indo de encontro aos princípios do parto humanizado e da autonomia da mulher. Apesar de ainda haver preconceito acerca do tema, os resultados reforçam a importância de considerar a sexualidade como uma dimensão significativa na assistência obstétrica, com potencial para ampliar as alternativas de cuidado disponibilizadas às gestantes. Este estudo também evidenciou a necessidade de superar barreiras culturais e institucionais para que práticas fundamentadas em evidências sejam incorporadas de maneira ética, segura e respeitosa no contexto do nascimento.