HORROR E PERFEIÇÃO: CORPO, ESTÉTICA E MÍDIA NO FILME A SUBSTÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v6i1.3654Palavras-chave:
Estética, Mídia, Corpo, Dismorfia, DoençaResumo
O filme “A Substância” (2024), de Coralie Fargeat, apresenta uma crítica incisiva às normas estéticas e ao culto à juventude na contemporaneidade. A partir da análise de cinco cenas, investigamos neste estudo como a mídia e a indústria da estética constroem padrões idealizados, transformando a identidade física e psíquica em mercadoria. Embasado em autores como Michel Foucault (2001/2021), David Le Breton (2013) e Paul Preciado (2018), o trabalho revela como o filme utiliza o Horror Corporal para expor a violência simbólica e material imposta aos corpos, especialmente femininos. A obra evidencia o corpo como campo de controle biopolítico, onde o envelhecimento é tratado como defeito. Ao tensionar os limites entre corpo e identidade, “A Substância” nos desafia a repensar o que significa ser humano em uma sociedade obcecada pela perfeição física e pelas dinâmicas de poder que regulam a experiência corporal.
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